Topo

Honda e Yamaha, novidades em seus off-road da categoria MX2 de 250cc

Da Infomoto

23/08/2009 14h11

A última etapa do Campeonato Mundial de Motocross deste ano está marcada para 13 de setembro em Canelinha, Santa Catarina. Enquanto as feras da modalidade aceleram atrás do título no motódromo brasileiro, as principais fabricantes se adiantaram e já lançaram os modelos 2010 de suas motocicletas off-road profissionais nos mercados norte-americano e europeu.

  • Divulgação

    Honda não divulga números, mas afirma que houve um ganho de potência na nova CRF 250R

A Honda mostrou recentemente a nova CRF 250R, que traz como principal novidade a injeção eletrônica de combustível ao modelo da marca na categoria MX2 (antiga 125cc dois tempos). A Yamaha, por outro lado, não sucumbiu à alimentação eletrônica. A YZ 250F 2010 ganhou novos acertos no velho carburador, porém traz mudanças radicais em sua ciclística, como o novo quadro bilateral, entre outras.

Conheça algumas novidades dos dois modelos que prometem protagonizar disputas emocionantes nas pistas de motocross no próximo ano.

250CC INJETADA
Depois da bem sucedida experiência com a injeção eletrônica na CRF 450R, lançada em 2009, a Honda implanta o sistema em sua irmã menor, a CRF 250R. Mas esta não foi a única mudança: segundo a empresa, a CRF 250 é nova dos pés à cabeça.

ÁLBUM DE FOTOS
Divulgação
CONHEÇA OS MODELOS

Como é regra em modelos profissionais, a Honda afirma que houve um ganho de potência na nova CRF 250R, porém não divulga números. O que importa é que o compacto monocilíndrico quatro tempos de exatos 249 cm³ teve o diâmetro do cilindro aumentado, assim como a taxa de compressão. Resultando, teoricamente, em mais potência. E potência em altos giros já que com o comando de válvulas batizado de Unicam, a CRF 250R atinge incríveis 13.500 rpm.

Para chegar lá conta com a ajuda da tecnologia oriunda da motovelocidade: as molas das quatro válvulas são feitas do mesmo material da moto de Dani Pedrosa, piloto Honda na MotoGP. Com a economia de combustível que a injeção proporciona, a Honda diminuiu a capacidade do tanque para 5,7 litros - diminuindo o peso na dianteira da moto. Vale lembrar que a 250R é o modelo para rodar em circuitos de motocross, por isso sua baixa autonomia.

Outra medida para emagrecer a 250R foi a aposentadoria da bela dupla saída de escape que equipa o modelo 2009. A moto ficava equilibrada, linda, porém 850 g mais pesada. Para aprimorar ainda mais a pilotagem, o quadro de dupla trave em alumínio teve sua geometria alterada. A balança traseira foi alongada em 29 mm e as suspensões, completamente modificadas. A boa notícia para os fãs de motocross é que as melhorias resultaram em um aumento de apenas U$ 200 (ou R$ 366) no preço final - ao menos nos Estados Unidos.

YAMAHA BOA DE CURVA
Na contramão das tendências mundiais, a Yamaha manteve o carburador no seu modelo de 250cc quatro tempos. Preferiu apostar em uma ciclística completamente nova. Segundo os engenheiros da marca, tudo na YZ 250F - do novo quadro ao desenho do banco - foi projetado para oferecer um desempenho inigualável nas curvas.

O novo quadro de alumínio ganhou formato bilateral, aposentando o tradicional desenho de espinha dorsal. São duas traves superiores desenhadas especificamente para sustentar o motor de um cilindro e 250cc. Radiador e tanque de combustível foram reposicionados para contribuir com a centralização de massas.

  • Divulgação

    Guidão da Yamaha YZ 250F agora é ajustável em quatro posições para se adaptar a cada piloto

O cáster e o trail da roda dianteira ganharam novos ângulos. O garfo invertido (upside-down) da suspensão dianteira teve seu interior redesenhado para aumentar a sensação de segurança do piloto para acelerar nas curvas. Pois, como bem lembra a apresentação da nova YZ 250F, "uma prova de motocross é vencida ou perdida nas curvas". Outra mudança ficou por conta da posição da mola traseira que foi alterada.

Para completar o conjunto, a Yamaha aprimorou ainda mais a ergonomia de sua 250F. O modelo 2009 já era digno de elogios nesse quesito, mas a marca afirma que as melhorias ajudam o piloto (advinhe!) a contornar curvas com mais facilidade. O banco é totalmente reto e o conhecido perfil esguio das motos azuis de motocross facilita se movimentar sobre a moto. O guidão agora é ajustável em quatro posições para se adaptar a cada piloto.

Agora resta aguardar as duas representantes da categoria 250cc disputarem ombro a ombro a liderança do mercado e também das provas de motocross. Os modelos devem desembarcar no Brasil somente no próximo ano. (por Arthur Caldeira)