Scorpion Prodigy faz mistura exótica de carro de corrida e moto

Divulgação
Da Infomoto

Cada vez mais fabricantes buscam se diferenciar, seja com tecnologia, seja com um conceito novo de veículo. Há dois anos e meio, o proprietário da americana Scorpion Motorsports, Mark Margolis, e o chefe de design, Mike Gellatly, uniram forças para montar um veículo exclusivo, o trike Scorpion Prodigy. A idéia é oferecer um veículo com o máximo de desempenho pelo menor preço. Fabricados em três versões (P6, P10 e P13), ele é um misto de carro e moto e custa a partir de US$ 39.900.

Olhando o Prodigy de frente, tem-se a impressão de se estar vendo um automóvel do tipo fórmula. Agora visto de traseira, com sua única roda, fica clara a imagem de moto, exceto pelo largo pneu de 285 milímetros de largura montado em uma roda de 10,5 polegadas. A balança é originária de uma moto, assim como o escape esportivo. E o motor provém da família GSX de esportivas da Suzuki -- a versão P6 tem o motor das GSX-R 600 fabricadas entre 2002 e 2005, a P10 tem a motorização de 1000 cilindradas, fabricada entre 2005 e 2006, enquanto a P13 está equipada com o motor da famosa 1300R Hayabusa em sua primeira geração. Não são motores "zero-quilômetro", mas são bem-cuidados e submetidos a uma revisão geral antes da remontagem. Como opcional, o P13 pode vir equipado com o novo motor da Hayabusa com maior capacidade cúbica (1340 cc).


MEIO CARRO
Da metade para frente, o Prodigy parece um carro recém saído das pistas. A cara de inseto é realçada pelos faróis, dois canhões ópticos sobrepostos na altura do que parece o cockpit. Pneus largos na dianteira com rodas de liga-leve fazem parte do trem dianteiro, assim como a suspensão independente e amortecedores montados praticamente na horizontal.

Por dentro, o cockpit é bem semelhante ao de um monoposto, com três pedais de comando -- acelerador, freio e embreagem -- iguais aos de um carro. O câmbio tem o sistema utilizado em competições, com borboletas atrás do volante, onde a alavanca da direita aumenta as marchas e a do lado esquerdo, reduz. No painel há diversas informações como conta-giros, indicador de marcha e um dispositivo para conferir o desempenho do veículo no computador.

Como em seu país de origem o Prodigy é considerado um triciclo, é necessário utilizar capacete para circular o bólido.

DESEMPENHO
Pouco foi divulgado sobre a performance do Prodigy, mas relações de peso/potência da versão P6, com motor de 600 cm³, e da P13, com motor de Hayabusa, variam entre 1,49 kg e 0,74 kg/cv. Traduzindo: cada cavalo de potência terá a missão de empurrar no máximo, um quilo e meio, no caso da P6. Bom número quando comparado às esportivas japonesas, que buscam a marca de 1 kg/cv. A versão P6 tem 125 cavalos de potência, a P10 chega aos 150 e a P13 despeja 185 cavalos na roda traseira. A versão P6, segundo o fabricante, acelera da imobilidade até os 100 km/h em 3,3 segundos.

Um dado que impressiona é a aceleração lateral. Os carros de rua atualmente obtêm em média, entre 0,7g e 1,0g -- quanto maior o valor, mais estável será o veículo. Já o "trike" P6 da Scorpion consegue a marca de 1,5g, informa o fabricante. Em poucas palavras, o Prodigy é um primor em curvas e estabilidade, pelo menos na teoria.

Para andar na rua, os veículos vêm equipados com retrovisores, setas, luzes e faróis, atendendo às regras do Estado da Flórida.
(por Bruno Parisi)

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