Honda Bros 2009 ganha injeção eletrônica, novo design e maior desempenho

Da Infomoto

Apesar de menos badalado que o anúncio da Honda CG 150 Mix, a primeira moto flex do mundo, o lançamento do modelo 2009 da NXR 150 Bros não é menos importante para o mercado de motocicletas nacional. Afinal, a on/off-road utilitária foi, em 2008, a quarta moto mais vendida do Brasil, com 116.554 unidades comercializadas (a conta exclui a categoria scooter, liderada pela Honda Biz). Além disso, a apresentação do novo modelo mostra que, apesar da queda nas vendas, as fabricantes estão trabalhando para reverter o quadro. --a meta para a nova Bros é de 92 mil unidades até o final de 2009.

A Honda fez uma pausa na fabricação da Bros 150 em janeiro. Agora, a produção voltou e com boas novidades: para atender ao Promot 3, lei de emissões poluentes que entrou em vigor neste ano, a trail recebeu o motor monociclíndrico de 150cc com injeção eletrônica da CG 150 Titan. Além de menos poluente, o propulsor injetado oferece respostas mais rápidas ao acelerador. O desing também mudou no modelo 2009, para garantir a boa posição do modelo entre as motos mais vendidas. Por fim, houve uma recalibração da suspensão para garantir um funcionamento mais suave.

Fotos: Divulgação

Honda Bros 2009: além da injeção, mecânica e visual recalibrados para manter vendas em alta

BROS 150 PARECE MAIOR
Seguindo a filosofia de que "em time que está ganhando não se mexe", a Honda não havia feito nenhuma mudança significativa na NXR 150 Bros desde seu lançamento, em 2003. Agora inovou completamente. Do para-lama à rabeta, mudou tudo. Na dianteira, as linhas ficaram mais angulosas e a carenagem do farol foi projetada para se integrar ao para-lama alto, característico do modelo. As aletas do tanque ganharam volume e contribuem para fazer a Bros 2009 parecer uma moto de maior porte. De longe, lembra a aposentada Falcon.

A rabeta foi substituída por um belo e funcional bagageiro fabricado em alumínio e nylon de alta resistência. O conjunto integra as alças da garupa e traz furação para se instalar um baúleto, útil para quem usa a moto como meio de transporte. O design do bagageiro/alça foi inspirado na Honda Varadero, big-trail de 1.000 cc, assim como a ponteira de escapamento e seu protetor. Vale dizer que nesta inspiração os projetistas da fábrica japonesa acertaram a mão.

Outro detalhe estético, mas também funcional é o desenho do novo painel. Além de ter ficado mais moderno, traz um útil marcador de combustível e ainda luz de advertência da injeção eletrônica.

CONFORTO
A Honda não esqueceu do conforto do motociclista -- fator que já era elogiável no modelo anterior, apesar de sua proposta de uso misto. A Bros sempre se diferenciou de outras trail por usar rodas aro 19 polegadas na dianteira, em vez do aro 21, e também por trazer um banco mais largo que suas concorrentes.

Neste novo modelo, o assento teve sua largura reduzida em 10 mm, mas sem prejudicar o conforto. Pelo contrário, melhorou o encaixe das pernas no tanque e facilitou apoiar os pés no chão. O guidão também tem novo formato, contribuindo com uma posição de pilotagem agradável e menos cansativa.

IMPRESSÕES
A nova NXR Bros 150 foi apresentada aos jornalistas especializados na pista de testes da Honda em Rio Preto da Eva (AM), a 70 km da capital Manaus. Logo ao se montar na moto e ligar o motor já se nota a mudança. Com a injeção eletrônica, a partida é imediata e sem engasgos. O motor da Bros tem menos potência que o da CG: máxima de 13,8 cv a 8.000 rpm (contra 14,2 cv no modelo street). Na prática, porém, nem se nota -- o propulsor foi ajustado para oferecer mais torque 1,39 kgfm a 6.000 rpm, contra 1,32 kgfm da Titan. Em conjunto com a relação final mais curta, a Bros 150 salta na frente nas acelerações, mas acaba perdendo um pouco na velocidade final. Perda que só foi possível verificar acelerando os dois modelos na longa reta da pista de testes.

FICHA TÉCNICA
Honda NXR 150 Bros 2009
Motor: OHC, monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar de 149,2 cm³.
Potência: 13,8 cv a 8.000 rpm.
Torque: 1,39 kgfm a 6.000 rpm.
Alimentação: Injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection), com partidaa pedal (KS) e elétrica (ES e ESD).
Transmissão: Cinco velocidades.
Suspensão: Dianteira por garfo telescópico com 180 mm de curso; traseira por balança monoamortecida com 148,6 mm de curso.
Freios: Dianteiro a tambor com 130 mm de diâmetro (KS e ES) e disco com 240 mm de diâmetro (ESD); traseiro a tambor com 110 mm de diâmetro.
Pneus: Dianteiro 90/90-19M/C 52P e traseiro 110/90-17M/C 60P.
Quadro: Berço semiduplo.
Dimensões: 2.045 mm de comprimento, 810 mm de largura, 1.138 mm de altura; 852 mm de altura do assento; 244 mm de distância mínima do solo.
Peso a seco: 116 kg (KS), 117 kg (ES) e 118 kg (ESD).
Tanque: 12 litros.
Cores: Vermelha; amarela; preta.
Preços: R$ 7.590 (KS), R$ 8.190 (ES) e R$ 8.690 (ESD).
A posição de pilotagem, além de mais confortável, oferece maior controle da Bros. Com os braços abertos e pernas encaixadas no tanque o piloto tem a sensação de que a utilitária de 150cc está mais na mão. Para isso também contribuem as suspensões recalibradas. O garfo telescópico dianteiro e a balança traseira monoamortecida têm funcionamento mais suave e preciso neste modelo 2009.

O campo de provas da Honda tem um circuito de terra e seis pistas que simulam os pisos imperfeitos encontrados pelo país. Nessas situações o retorno dos amortecedores dianteiro e traseiro mostrou-se mais lento e progressivo, transmitindo segurança ao piloto.

Claro que, em saltos e buracos maiores, a roda dianteira aro 19 revela suas limitações. Mas a proposta da Bros não é o off-road real, o cross, mas sim proporcionar versatilidade para quem roda pelas mal cuidadas estradas brasileiras. E o modelo 2009 da NXR 150 Bros continua cumprindo muito bem essa proposta.

PREÇOS E DUELOS
Brigando pelo mesmo perfil de motociclista, a NXR 150 Bros enfrentará a Yamaha XTZ 125, cuja versão 2009 ganhou novo carburador, além de passar por um face-lift. Porém, a on/off-road da Yamaha traz roda dianteira de 21 polegadas e pesa 104 kg. Na Bros, a roda é de 19 polegadas e o peso é de 116 kg. O modelo Honda leva vantagem em função de sua maior potência, tecnologia embarcada (injeção eletrônica) e porte.

Um fator que pode ser fundamental na hora da compra é o preço final do produto. As três versões da Bros têm preços sugeridos acima de sua principal rival: R$ 7.590 para versão KS (partida a pedal e freio a tambor), R$ 8.190 para a ES (partida elétrica e freio a tambor), e R$ 8.690 para a topo de linha ESD (partida elétrica e freio a disco). Os preços da Yamaha XTZ 125 variam entre R$ 7.013 (K, partida a pedal) e R$ 7.817 (E, partida elétrica). O diferencial da Yamaha é oferecer o freio a disco na dianteira como item de série na XTZ 125.
(por Arthur Caldeira, de Manaus-AM, com viagem a convite da Honda)

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