Campeã de vendas, Honda Titan ganha injeção e novo design
Da Infomoto
Demorou, mas finalmente a injeção eletrônica de combustível chegou ao veículo mais vendido do Brasil: a Honda CG 150 Titan (segundo a Fenabrave, foram 26.271 unidades em novembro, com 409.007 acumuladas no ano; enquanto isso, o VW Gol vendeu 17.995 unidades em novembro, com total de 266.553 no ano, incluindo as gerações anterior e atual). O modelo 2009 ganhou o sistema para atender à terceira fase do Promot, programa de controle de emissões de poluentes por motocicletas, que entra em vigor em janeiro de 2009. Mas não é essa a única novidade da CG. Além de um novo quadro e algumas alterações em sua ciclística e motor, a popular Honda recebeu um novo desenho -- da carenagem no farol à rabeta com as setas integradas à lanterna.
Apesar da ansiedade em montar na moto, acordar o motor "injetado" da best-seller do Brasil e verificar se seu desempenho pode ajudar a manter a dianteira em relação ao Gol e às rivais de duas rodas, as mudanças estéticas foram tantas que alguns minutos devem ser gastos para analisar o novo design.
Veja o relatório completo da Fenabrave, com o ranking de carros e motos mais vendidos
Segundo os engenheiros da Honda, a carenagem do farol foi um pedido dos consumidores, que queriam um desenho que lembrasse a CB 600F Hornet. Analisando a carenagem, a Hornet ficou só mesmo na inspiração. A nova Titan 150 lembra mesmo suas "primas" indianas fabricadas pela Hero Honda e deve dividir opiniões. É a máxima do "gosto não se discute", porém a resposta final quem dará é o consumidor nos números de vendas.
Embutido na nova (e polêmica) carenagem estão as setas e também o painel, bastante similar ao anterior com dois mostradores circulares: um com velocímetro e hodômetro e outro com indicador do nível de combustível e luzes de advertência. Outra mudança foi no desenho e na capacidade do tanque de combustível, agora com melhor encaixe para as pernas do piloto e capacidade para 16,1 litros (contra 14 litros da anterior).
As tampas laterais agora são pintadas em prata fosco, independentemente da cor da moto -- a nova Titan está disponível nas cores azul metálico, vermelha, preta e prata metálica. A traseira também é prata fosca com detalhe em preto. Bastante afilada traz as setas integradas à lanterna.
Yamaha YBr opta por carburador inteligente; veja as imagens
TCHAU, AFOGADOR
Com mais de 5 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento em 1976, a Honda CG é um projeto mais que consagrado -- praticamente unanimidade quando o assunto é robustez e funcionalidade. Líder de mercado no Brasil, o departamento de desenvolvimento da Honda não poupou esforços para fazer uma moto ainda melhor.
Hora de subir e conferir, na prática, todas as mudanças feitas. De cara a injeção eletrônica torna mais fácil ligar o motor e aposenta de vez o afogador. Nem é preciso esperar o motor esquentar - basta girar o punho e sair acelerando sem engasgos. Mesmo com motor frio, a moto não "morre" de jeito nenhum.
A Honda ainda promete uma economia de combustível de cerca de 8%. Mas, mesmo que o consumo não seja assim tão melhor, as vantagens do sistema de injeção de combustível desenvolvido pela Keihin, especialmente para o modelo, são muitas. A primeira delas é que o motociclista tem a certeza de pilotar um veículo que polui menos -- com índice de emissão menores que muitos automóveis --, além dos benefícios já citados.
A adoção da injeção demandou também uma mudança no tempo de abertura das válvulas e outras pequenas mudanças no motor para acomodar os sensores de oxigênio e temperatura do óleo. Mas não resultou em grandes mudanças nos números de desempenho. A potência manteve-se em 14,2 cv, porém agora a 8.500 rpm. O torque caiu levemente: passou de 1,35 kgfm para 1,32 kgfm a 7.000 rpm.
Os números máximos do novo motor chegam em rotações mais elevadas -- o que, na teoria, sugere uma perda de desempenho em baixos regimes. Porém, na prática, isso não acontece porque a CG Titan ganhou também um catalisador no escapamento, que abafa os gases da combustão gerando uma contra-pressão no motor e garantindo melhor torque nas baixas rotações. A potência e o torque em giros mais altos obrigaram também o reescalonamento das quarta e quinta marchas.
Leia a avaliação da Auto Press
MAIS ÁGIL
As primeiras impressões de pilotagem na sétima geração da CG comprovam a eficácia da alimentação eletrônica de combustível e da nova ciclística, mais ágil. Então, é hora de testar as novidades no conjunto ciclístico.
O quadro do tipo diamante estampado em aço ficou 600 gramas mais leve, além de ter os pontos de rigidez reforçados. O novo conjunto óptico também ficou mais leve e as bengalas da suspensão dianteira estão mais próximas do piloto, resultando em mais agilidade nas mudanças de direção.
No teste feito no Centro Educacional de Trânsito Honda, em Indaiatuba (SP), havia o modelo anterior para comparação. Bastava subir na nova moto para perceber que a posição de pilotagem ficou mais confortável, de fato. Resultado do novo tanque e também do banco mais amplo.
Em geral, todas as versões da Honda Titan 150 ficaram mais leves. A versão "KS" (com partida a pedal e freio a tambor na frente) passou de 118 kg a seco para 115,9 kg, enquanto a "ES" (com partida elétrica) pesa agora 116,9 kg. Já a "ESD", top de linha com freio a disco e partida elétrica passou de 121 kg (a seco) para 119,4 kg.
O freio a disco da Honda CG 150 Titan ESD ainda ganhou uma nova pinça de freio com dois pistões, mais eficaz e progressiva.
PREÇO
Uma das principais preocupações da Honda na nova versão da moto mais vendida do Brasil foi não alterar muito seu preço. Mas com tantas novidades foi inevitável o aumento. O preço público sugerido (sem frete e seguro incluídos) de todas as versões sofreu reajuste. A versão mais simples, a "KS", passou dos R$ 5.744 para R$ 6.040. Já a versão ES saltou de R$ 6.322 para R$ 6.590. No caso da versão mais completa, a ESD, o preço foi de R$ 6.679 para R$ 6.990. Reajuste médio de cerca de 5% -- justificado pelas novas tecnologias empregadas na motocicleta.
Mas para atender quem quer uma moto ainda mais em conta, a Honda tem na sua linha a CG 125 Fan, que também mudou para 2009. Ainda não recebeu a injeção eletrônica, mas um novo motor com comando de válvulas no cabeçote (OHC) em vez do comando por varetas (OHV) da Fan anterior. Além de um grande catalisador para atender à legislação. Outra novidade da Fan é a versão com partida elétrica, além da nova roupagem -- herdada da agora aposentada Titan 2008.
(por Arthur Caldeira)
|
Apesar da ansiedade em montar na moto, acordar o motor "injetado" da best-seller do Brasil e verificar se seu desempenho pode ajudar a manter a dianteira em relação ao Gol e às rivais de duas rodas, as mudanças estéticas foram tantas que alguns minutos devem ser gastos para analisar o novo design.
Segundo os engenheiros da Honda, a carenagem do farol foi um pedido dos consumidores, que queriam um desenho que lembrasse a CB 600F Hornet. Analisando a carenagem, a Hornet ficou só mesmo na inspiração. A nova Titan 150 lembra mesmo suas "primas" indianas fabricadas pela Hero Honda e deve dividir opiniões. É a máxima do "gosto não se discute", porém a resposta final quem dará é o consumidor nos números de vendas.
ÁLBUM DE FOTOS |
---|
MAIS IMAGENS DA CG TITAN 2009 |
As tampas laterais agora são pintadas em prata fosco, independentemente da cor da moto -- a nova Titan está disponível nas cores azul metálico, vermelha, preta e prata metálica. A traseira também é prata fosca com detalhe em preto. Bastante afilada traz as setas integradas à lanterna.
TCHAU, AFOGADOR
Com mais de 5 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento em 1976, a Honda CG é um projeto mais que consagrado -- praticamente unanimidade quando o assunto é robustez e funcionalidade. Líder de mercado no Brasil, o departamento de desenvolvimento da Honda não poupou esforços para fazer uma moto ainda melhor.
Hora de subir e conferir, na prática, todas as mudanças feitas. De cara a injeção eletrônica torna mais fácil ligar o motor e aposenta de vez o afogador. Nem é preciso esperar o motor esquentar - basta girar o punho e sair acelerando sem engasgos. Mesmo com motor frio, a moto não "morre" de jeito nenhum.
A Honda ainda promete uma economia de combustível de cerca de 8%. Mas, mesmo que o consumo não seja assim tão melhor, as vantagens do sistema de injeção de combustível desenvolvido pela Keihin, especialmente para o modelo, são muitas. A primeira delas é que o motociclista tem a certeza de pilotar um veículo que polui menos -- com índice de emissão menores que muitos automóveis --, além dos benefícios já citados.
A adoção da injeção demandou também uma mudança no tempo de abertura das válvulas e outras pequenas mudanças no motor para acomodar os sensores de oxigênio e temperatura do óleo. Mas não resultou em grandes mudanças nos números de desempenho. A potência manteve-se em 14,2 cv, porém agora a 8.500 rpm. O torque caiu levemente: passou de 1,35 kgfm para 1,32 kgfm a 7.000 rpm.
Os números máximos do novo motor chegam em rotações mais elevadas -- o que, na teoria, sugere uma perda de desempenho em baixos regimes. Porém, na prática, isso não acontece porque a CG Titan ganhou também um catalisador no escapamento, que abafa os gases da combustão gerando uma contra-pressão no motor e garantindo melhor torque nas baixas rotações. A potência e o torque em giros mais altos obrigaram também o reescalonamento das quarta e quinta marchas.
FICHA TÉCNICA | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
|
As primeiras impressões de pilotagem na sétima geração da CG comprovam a eficácia da alimentação eletrônica de combustível e da nova ciclística, mais ágil. Então, é hora de testar as novidades no conjunto ciclístico.
O quadro do tipo diamante estampado em aço ficou 600 gramas mais leve, além de ter os pontos de rigidez reforçados. O novo conjunto óptico também ficou mais leve e as bengalas da suspensão dianteira estão mais próximas do piloto, resultando em mais agilidade nas mudanças de direção.
No teste feito no Centro Educacional de Trânsito Honda, em Indaiatuba (SP), havia o modelo anterior para comparação. Bastava subir na nova moto para perceber que a posição de pilotagem ficou mais confortável, de fato. Resultado do novo tanque e também do banco mais amplo.
Em geral, todas as versões da Honda Titan 150 ficaram mais leves. A versão "KS" (com partida a pedal e freio a tambor na frente) passou de 118 kg a seco para 115,9 kg, enquanto a "ES" (com partida elétrica) pesa agora 116,9 kg. Já a "ESD", top de linha com freio a disco e partida elétrica passou de 121 kg (a seco) para 119,4 kg.
O freio a disco da Honda CG 150 Titan ESD ainda ganhou uma nova pinça de freio com dois pistões, mais eficaz e progressiva.
PREÇO
Uma das principais preocupações da Honda na nova versão da moto mais vendida do Brasil foi não alterar muito seu preço. Mas com tantas novidades foi inevitável o aumento. O preço público sugerido (sem frete e seguro incluídos) de todas as versões sofreu reajuste. A versão mais simples, a "KS", passou dos R$ 5.744 para R$ 6.040. Já a versão ES saltou de R$ 6.322 para R$ 6.590. No caso da versão mais completa, a ESD, o preço foi de R$ 6.679 para R$ 6.990. Reajuste médio de cerca de 5% -- justificado pelas novas tecnologias empregadas na motocicleta.
Mas para atender quem quer uma moto ainda mais em conta, a Honda tem na sua linha a CG 125 Fan, que também mudou para 2009. Ainda não recebeu a injeção eletrônica, mas um novo motor com comando de válvulas no cabeçote (OHC) em vez do comando por varetas (OHV) da Fan anterior. Além de um grande catalisador para atender à legislação. Outra novidade da Fan é a versão com partida elétrica, além da nova roupagem -- herdada da agora aposentada Titan 2008.
(por Arthur Caldeira)