Fat Boy 2008 mostra por que é o maior sucesso da Harley-Davidson no Brasil
Da Infomoto
Difícil não se sentir Arnold Schwaznegger como o "Exterminador do Futuro" na cena de perseguição do segundo filme da série (1991), quando se acelera a Harley-Davidson Fat Boy. Mesmo modernizada, a Fat Boy 2008 mantém a identidade visual que a transformou em um dos maiores sucessos de vendas da Harley desde que foi lançada, em 1990. Em 2007, foi o modelo da marca preferido entre os brasileiros: 676 unidades, segundo dados da Abraciclo, associação dos fabricantes do setor.
No início da década de 90, a Fat Boy foi lançada como uma resposta da marca à invasão de motos custom japonesas no mercado norte-americano. Em pouco tempo, a Fat Boy fez com que a Harley retomasse a liderança no segmento de motos acima de 750 cc. Essa "vitória" sobre as japonesas e o logo imitando o brasão da Força Aérea Americana contribuíram para o mito que a denominação do modelo vinha da união entre "Fat Man" e "Little Boy", nome das bombas atômicas lançadas sobre o Japão em 1945. Tal origem foi negada pela Harley.
INCONFUNDÍVEL
Mesmo para quem não conhece as diferenças entre os modelos Harley-Davidson, a Fat Boy tem visual inconfundível. Um enorme farol, montado sobre moldura metálica, guidão largo, grosso garfo telescópico e as rodas inteiriças de alumínio sempre foram marcas registradas do modelo, mesmo com as recentes modernizações. A última versão (testada) ganhou ainda nova rabeta, mais curta, e as rodas agora tem "bullet holes" (buracos de bala) vazados. O nome "garoto gordo" fica ainda mais justificado pelo enorme pneu traseiro de 200 mm, outra novidade.
Integrante da família Softail, vem equipada atualmente com o motor Twim Cam 96B, de dois cilindros em "V" e 1584 cm³ de capacidade, refrigerado a ar, e alimentado por injeção eletrônica. Em conjunto com o câmbio de seis marchas -- com a sexta over-drive, indicada pelo numeral "6" aceso no simples painel sobre o tanque -- oferece torque à vontade, atingindo mais de 12 kgfm a apenas 3.300 rpm. Uma delícia para se rodar na estrada sem trocar de marcha.
Além disso, o motociclista ainda se aproveita do confortável banco em forma de sela e da posição de pilotagem bastante relaxada com os braços esticados e as pernas apoiadas sobre duas grandes plataformas. Nesse momento é que se percebe porque as HD, e mais especificamente a Fat Boy, são praticamente um mito entre os estradeiros. Sobra conforto, o motor esbanja "força", e tem-se a sensação de poder rodar por muitos e muitos quilômetros.
"Se a estrada for um pouco sinuosa, mas de asfalto bom, a Fat Boy também não enfrenta problemas. Mesmo pesando 324 kg (em ordem de marcha), o modelo parece bailar nas curvas de alta, graças ao bem acertado conjunto ciclístico -- balança oscilante com dois amortecedores (escondidos) atrás e garfo telescópico na frente. O único incômodo fica por conta das pedaleiras plataformas, que insistem em raspar no asfalto.
Claro que a Fat Boy não tem a agilidade para os saltos e curvas protagonizados no filme, mas tem mais agilidade que muitas outras motos Harley.
(por Arthur Caldeira)
|
No início da década de 90, a Fat Boy foi lançada como uma resposta da marca à invasão de motos custom japonesas no mercado norte-americano. Em pouco tempo, a Fat Boy fez com que a Harley retomasse a liderança no segmento de motos acima de 750 cc. Essa "vitória" sobre as japonesas e o logo imitando o brasão da Força Aérea Americana contribuíram para o mito que a denominação do modelo vinha da união entre "Fat Man" e "Little Boy", nome das bombas atômicas lançadas sobre o Japão em 1945. Tal origem foi negada pela Harley.
FICHA TÉCNICA | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
|
Mesmo para quem não conhece as diferenças entre os modelos Harley-Davidson, a Fat Boy tem visual inconfundível. Um enorme farol, montado sobre moldura metálica, guidão largo, grosso garfo telescópico e as rodas inteiriças de alumínio sempre foram marcas registradas do modelo, mesmo com as recentes modernizações. A última versão (testada) ganhou ainda nova rabeta, mais curta, e as rodas agora tem "bullet holes" (buracos de bala) vazados. O nome "garoto gordo" fica ainda mais justificado pelo enorme pneu traseiro de 200 mm, outra novidade.
Integrante da família Softail, vem equipada atualmente com o motor Twim Cam 96B, de dois cilindros em "V" e 1584 cm³ de capacidade, refrigerado a ar, e alimentado por injeção eletrônica. Em conjunto com o câmbio de seis marchas -- com a sexta over-drive, indicada pelo numeral "6" aceso no simples painel sobre o tanque -- oferece torque à vontade, atingindo mais de 12 kgfm a apenas 3.300 rpm. Uma delícia para se rodar na estrada sem trocar de marcha.
Além disso, o motociclista ainda se aproveita do confortável banco em forma de sela e da posição de pilotagem bastante relaxada com os braços esticados e as pernas apoiadas sobre duas grandes plataformas. Nesse momento é que se percebe porque as HD, e mais especificamente a Fat Boy, são praticamente um mito entre os estradeiros. Sobra conforto, o motor esbanja "força", e tem-se a sensação de poder rodar por muitos e muitos quilômetros.
"Se a estrada for um pouco sinuosa, mas de asfalto bom, a Fat Boy também não enfrenta problemas. Mesmo pesando 324 kg (em ordem de marcha), o modelo parece bailar nas curvas de alta, graças ao bem acertado conjunto ciclístico -- balança oscilante com dois amortecedores (escondidos) atrás e garfo telescópico na frente. O único incômodo fica por conta das pedaleiras plataformas, que insistem em raspar no asfalto.
Claro que a Fat Boy não tem a agilidade para os saltos e curvas protagonizados no filme, mas tem mais agilidade que muitas outras motos Harley.
(por Arthur Caldeira)