Harley-Davidson assume controle da marca italiana Agusta
Da Infomoto
Jim Ziemer, chefão da Harley e agora também da Agusta |
"As motos são o coração, a alma e a paixão da Harley-Davidson, Buell e MV Agusta" declarou o CEO da Harley, Jim Ziemer. "Todas essas marcas oferecem grandes produtos e têm uma relação muito próxima com seus fanáticos clientes", disse.
Segundo o comunicado oficial, a prioridade da Harley agora é nomear um diretor administrativo e retomar a fabricação dos atuais modelos na matriz da MV Agusta em Varese, na Itália. Castiglioni continua na função de presidente da empresa, e deve encabeçar o desenvolvimento de novos produtos.
Quanto ao estilo dos futuros modelos, os fãs da marca italiana não devem se preocupar: o consagrado designer Massimo Tamburini, criador da linha de motos Brutale da MV Agusta, também se mantém na liderança do estúdio de design. "Com o profundo entendimento emocional que a Harley-Davidson tem do negócio de motocicletas, tenho certeza de que as motos MV Agusta vão continuar a conquistar fãs ainda por muitas gerações", disse Castiglioni.
SUCESSO MUNDIAL
Segundo o chefão da Harley, Jim Ziemer, a aquisição da MV Agusta vai ajudar na consolidação de sua marca na Europa. Os números de vendas das motos norte-americanas cresceram à casa dos dois dígitos no Velho Continente. "(A aquisição) firmará a posição da Harley-Davidson como líder mundial em atender aos anseios e sonhos de seus clientes", declarou o executivo.
No Brasil, a Harley-Davidson, que produz motocicletas em Manaus (AM), é comercializada pelo Grupo Izzo -- que também já era o representante das motos MV Agusta. Em 2007, vendeu 4.000 motos, e projeta crescimento para este ano. Segundo Paulo Izzo, o proprietário, as vendas devem dobrar em 2008.
De acordo com dados da Abraciclo, a associação brasileira do setor de motocicletas, 2.338 motocicletas Harley-Davidson foram comercializadas no ano passado. Os dados do primeiro semestre de 2008 mostram que a previsão de Izzo tem fundamento: 2.775 motos Harley foram vendidas entre janeiro e junho. (por Arthur Caldeira)