Supermotard Yamaha XTZ 125X vem 'mexida' de fábrica

Da Infomoto

Toda vez que estacionava a nova Yamaha XTZ 125X pelas ruas de São Paulo, o repórter logo via se formar uma roda de curiosos em volta dessa supermotard de 125cc. "Você que a transformou?", perguntavam. Surpresa geral quando a resposta era negativa: "Não, vem assim de fábrica".

Partindo da versão de uso misto (XTZ 125), as rodas raiadas e cromadas de 17 polegadas, em conjunto com as suspensões de longo curso, garantem o título de supermotard (moto com suspensão trail, mas rodas e pneus street) dessa nova Yamaha. A cor preta predomina nos plásticos e cobre também a balança traseira e as canelas da suspensão dianteira.
Caio Mattos/Infomoto


A supermotard da Yamaha chamou atenção por onde passou


Grafismos vermelhos, protetores de bengala rígidos e lentes de cristal nos piscas completam as mudanças da nova 125X em relação à irmã.
Como não se trata de uma "transformação", mas sim de um projeto original de fábrica, sobram palpites: "As rodas poderiam ser pretas também", opinam alguns. "Colocaria um pneu mais largo atrás", dizem outros. O fato é que o visual da nova XTZ 125X chama atenção por onde passa.

Mesmo motor
Depois das perguntas sobre o design da supermotard, é a vez de saber sobre o desempenho. Velocidade final e aceleração são praticamente iguais aos outros modelos de 125cc da Yamaha. Afinal, o motor é o mesmo monocilíndrico quatro tempos de 123,7 cm³, comando simples no cabeçote, refrigerado a ar.

Capaz de produzir 12,5 cavalos de potência máxima a 7.500 rpm, não surpreende e iguala-se a outras motos da mesma categoria. Tem como vantagem a confiabilidade, já que desde 1999 esse propulsor equipa a street Yamaha YBR 125.

Em subidas íngremes, o torque de 1,19 kgfm a 6.500 rpm não é suficiente para manter a velocidade. Porém, para ruas planas e saídas de semáforo isso está de bom tamanho -- afinal, a 125X é bastante leve: 105 kg a seco.

Caio Mattos/Infomoto
Detalhe da balança traseira da XTZ 125X, pintada de preto fosco
Outra preocupação dos potenciais proprietários recai sobre o consumo. Com o litro da gasolina custando R$ 2,50, até mesmo nas motocicletas esse item conta na hora de escolher qual comprar. Mas isso não é problema para a XTZ 125X: assim como o desempenho, o consumo é o mesmo das outras 125 da marca. Em todas as medições ficou acima dos 30 km/l, chegando até mesmo a percorrer 35 km com um litro de gasolina.

Na prática
Além de todas as mudanças no visual, a XTZ 125X sofreu alterações na parte ciclística que influenciaram muito a pilotagem. As rodas de 17 polegadas, calçadas com os pneus Pirelli MT 75 (nas medidas 100-80/17, na dianteira, e 110/80-17, na traseira), transmitem mais confiança nas curvas fechadas e também nas frenagens, uma vez que oferecem mais aderência do que pneus on/off-road.

Em conjunto com o ângulo de cáster reduzido para 27° e o entreeixos mais longo (1345 mm), a supermotard da Yamaha ficou bem mais ágil no trânsito urbano. As mudanças de direção foram facilitadas em relação à versão de uso misto, já que o efeito giroscópico das rodas aro 17 é menor (a XTZ 125 trail usa aro 21 na frente e 18 atrás).

Outra diferença, que é fruto das rodas menores, é o banco mais baixo: 810 mm na nova 125X, contra 840 na trail. Isso, além de facilitar a vida dos mais "baixinhos", contribui para se pilotar de forma mais radical -- bem ao estilo motard, colocando o pé no chão para se contornar as curvas.

Duas versões
A XTZ 125X é oferecida em apenas uma combinação de cor (preta com grafismos vermelhos), mas em duas versões (K e E). Os freios a disco na dianteira e a tambor na traseira são de série. A XTZ 125X K vem apenas com o pedal de partida e está cotada a R$ 7.167. Já a versão E, que traz partida elétrica, tem preço sugerido de R$ 7.961. Ambas já estão disponíveis na rede de concessionárias Yamaha. (por Arthur Caldeira)

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