Ressuscitada, a versátil Suzuki GS 500E segue única no mercado
Da Infomoto
A Suzuki GS 500E foi lançada no Brasil em 1994. Chegou a sofrer modificações em 2001, quando ganhou linhas arredondadas e um tanque maior (de 20 litros). Mas perdeu alguns itens esportivos, como os dois semiguidões, substituídos por um único guidão conforto, e as regulagens da suspensão dianteira.
Nada que comprometesse a versatilidade da moto, a qual é uma de suas principais qualidades. Pelo contrário, ela ficou mais "urbana" e confortável para o uso diário. Mas, em 2005, a J.Toledo/Suzuki decidiu interromper a venda da GS 500E no país. Menos de dois anos depois, voltou atrás e relançou o modelo -- sem praticamente nenhuma alteração.
Pista livre
Por muitos anos, a Suzuki naked de 500 cc enfrentou fortes concorrentes, como a Honda CB 500 e a Kawasaki ER-5, ambas já aposentadas. Agora a GS 500E figura como a única opção para quem quer uma moto "grande", mas não pode desembolsar mais de R$ 30.000, valor pedido pelas nakeds de quatro cilindros em linha Honda CB 600F Hornet, Yamaha FZ6N e a Suzuki Bandit 650.
Exatamente por não ter concorrentes, a GS 500E renasceu com as mesmas armas para conquistar os consumidores. Apenas grafismos e alguns detalhes estéticos, como o quadro, a carcaça do painel e a alça traseira totalmente na cor preta, são novidades. No restante, ela continua a mesma.
Seu motor é o bicilíndrico de 487 cm³ com comando duplo no cabeçote (DOHC), refrigerado a ar e alimentado por dois carburadores Mikuni que oferece 48 cv a 9.200 rpm de potência máxima e 4,1 kgfm a 7.500 rpm. Números declarados pela fábrica e que, na prática, fazem o propulsor ter uma boa faixa de utilização. Ao evitar trocas constantes de marcha, é bastante elástico, e portanto ideal para o uso urbano.
O desempenho da GS 500E não chega a empolgar quem gosta de velocidade, pois os giros sobem devagar e a máxima não passa dos 180 km/h no velocímetro. Entretanto, é suficiente para se rodar nas estradas a 140 km/h com tranqüilidade e vigor para ultrapassagens.
Vale observar que a ciclística dessa naked não foi feita para suportar altas velocidades e uma pilotagem esportiva. O quadro berço duplo em conjunto com as suspensões -- garfo telescópico (sem ajustes) na dianteira, e balança monoamortecida na traseira -- mantém a moto estável e permite curvas com desenvoltura, mas nada muito radical. O projeto foi feito para oferecer conforto no uso diário, com apenas uma pequena pitada de adrenalina. Daí sua versatilidade.
Assim como velocidade e aceleração não são impressionantes no modelo da Suzuki, não o são também os freios. O disco flutuante de 310 mm na dianteira com pinça de dois pistões, e o disco fixo com pinça de um pistão na traseira, são funcionais e dão conta do recado de parar os 173 kg (peso a seco) dessa naked urbana.
Custo/benefício
Os instrumentos e o painel da GS 500E, assim como o farol com carcaça cromada, seguem o estilo clássico das nakeds. O painel conta com dois mostradores redondos que trazem o velocímetro e o conta-giros, enquanto luzes de advertência informam o piloto sobre o óleo do motor, neutro, piscas e farol alto.
Nos punhos espartanos, porém completos, nota-se o bom acabamento da marca japonesa, que monta a GS 500E em Manaus (AM). Destaque também para os espelhos retrovisores de metal cromado.
Um bom banco, revestido com tecido antiderrapante e em dois níveis, completa o conforto do motociclista. Já a qualidade Suzuki continua nas pedaleiras e nas rodas de liga-leve de três pontas, calçadas com pneus sem câmara. Outro item que chama atenção é a tampa do tanque de 20 litros com padrão aeronáutico -- que, inclusive, rendeu elogios de um frentista durante o teste.
Todas essas qualidades, aliadas ao preço acessível e a condição de ser a única naked de média cilindrada (500 cc) comercializada no Brasil fazem da Suzuki GS 500E uma moto com uma excelente relação custo/benefício.
Nada que comprometesse a versatilidade da moto, a qual é uma de suas principais qualidades. Pelo contrário, ela ficou mais "urbana" e confortável para o uso diário. Mas, em 2005, a J.Toledo/Suzuki decidiu interromper a venda da GS 500E no país. Menos de dois anos depois, voltou atrás e relançou o modelo -- sem praticamente nenhuma alteração.
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Também, pudera: atualmente a GS 500E e seu motor bicilíndrico reinam sozinhos no seu segmento e faixa de preço. Tabelada em R$ 21.235, é a única moto de 500 cc à venda no mercado brasileiro, e também a única na faixa dos R$ 20.000 (algumas concessionárias da marca estão comercializando a GS 500E por um preço promocional de R$ 19.950, por tempo limitado).
FICHA TÉCNICA | |||||||||||||||||||||
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Por muitos anos, a Suzuki naked de 500 cc enfrentou fortes concorrentes, como a Honda CB 500 e a Kawasaki ER-5, ambas já aposentadas. Agora a GS 500E figura como a única opção para quem quer uma moto "grande", mas não pode desembolsar mais de R$ 30.000, valor pedido pelas nakeds de quatro cilindros em linha Honda CB 600F Hornet, Yamaha FZ6N e a Suzuki Bandit 650.
Exatamente por não ter concorrentes, a GS 500E renasceu com as mesmas armas para conquistar os consumidores. Apenas grafismos e alguns detalhes estéticos, como o quadro, a carcaça do painel e a alça traseira totalmente na cor preta, são novidades. No restante, ela continua a mesma.
Seu motor é o bicilíndrico de 487 cm³ com comando duplo no cabeçote (DOHC), refrigerado a ar e alimentado por dois carburadores Mikuni que oferece 48 cv a 9.200 rpm de potência máxima e 4,1 kgfm a 7.500 rpm. Números declarados pela fábrica e que, na prática, fazem o propulsor ter uma boa faixa de utilização. Ao evitar trocas constantes de marcha, é bastante elástico, e portanto ideal para o uso urbano.
O desempenho da GS 500E não chega a empolgar quem gosta de velocidade, pois os giros sobem devagar e a máxima não passa dos 180 km/h no velocímetro. Entretanto, é suficiente para se rodar nas estradas a 140 km/h com tranqüilidade e vigor para ultrapassagens.
Vale observar que a ciclística dessa naked não foi feita para suportar altas velocidades e uma pilotagem esportiva. O quadro berço duplo em conjunto com as suspensões -- garfo telescópico (sem ajustes) na dianteira, e balança monoamortecida na traseira -- mantém a moto estável e permite curvas com desenvoltura, mas nada muito radical. O projeto foi feito para oferecer conforto no uso diário, com apenas uma pequena pitada de adrenalina. Daí sua versatilidade.
Assim como velocidade e aceleração não são impressionantes no modelo da Suzuki, não o são também os freios. O disco flutuante de 310 mm na dianteira com pinça de dois pistões, e o disco fixo com pinça de um pistão na traseira, são funcionais e dão conta do recado de parar os 173 kg (peso a seco) dessa naked urbana.
Custo/benefício
Os instrumentos e o painel da GS 500E, assim como o farol com carcaça cromada, seguem o estilo clássico das nakeds. O painel conta com dois mostradores redondos que trazem o velocímetro e o conta-giros, enquanto luzes de advertência informam o piloto sobre o óleo do motor, neutro, piscas e farol alto.
Nos punhos espartanos, porém completos, nota-se o bom acabamento da marca japonesa, que monta a GS 500E em Manaus (AM). Destaque também para os espelhos retrovisores de metal cromado.
Um bom banco, revestido com tecido antiderrapante e em dois níveis, completa o conforto do motociclista. Já a qualidade Suzuki continua nas pedaleiras e nas rodas de liga-leve de três pontas, calçadas com pneus sem câmara. Outro item que chama atenção é a tampa do tanque de 20 litros com padrão aeronáutico -- que, inclusive, rendeu elogios de um frentista durante o teste.
Todas essas qualidades, aliadas ao preço acessível e a condição de ser a única naked de média cilindrada (500 cc) comercializada no Brasil fazem da Suzuki GS 500E uma moto com uma excelente relação custo/benefício.