Você sabe o que é "gestão da mobilidade"? A resposta é simples: é a capacidade de qualquer pessoa ir a qualquer lugar a qualquer momento. Em função do crescimento desordenado das cidades, da falta de planejamento urbano, do aumento do número de automóveis em circulação e da ineficiência do transporte coletivo, essa tarefa fica mais difícil a cada dia. Por isso, veículos de duas rodas são sinônimos de mobilidade -- e um bom exemplo é o scooter Garinni GR 150.

Com design italiano, o modelo apresenta um importante diferencial frente aos scooters concorrentes: as rodas de liga leve de 16 polegadas, que oferecem mais estabilidade em vias esburacadas. O preço do modelo 2008 gira em torno de R$ 7.600, mais que o scooter Suzuki Burgman 125 (R$ 5.990) e que a Yamaha Neo AT 115 (R$ 6.062). Mas o Garinni tem propulsor de melhor desempenho entre os três.


À primeira vista, esse scooter impressiona por seu estilo elegante e pelo porte avantajado. Suas linhas retrô devem agradar a quem quer se diferenciar na multidão de motociclistas de nossas ruas. E as mulheres deverão ser as principais compradoras do modelo, já que ele oferece espaço de sobra para transportar pequenos objetos. Conforto e ergonomia também são destaques do modelo. A partir de fevereiro, ele será montado no Brasil.

Motor e ciclística
O motor monocilíndrico de 152,7 cm³ conta com refrigeração líquida e oferece bom rendimento. Com 12,1 cv (a 7.000 rpm) de potência máxima e torque máximo de 0,92 kgfm (a 6.000 rpm), o GR 150 P oferece bastante agilidade no trânsito urbano. Em conjunto com a transmissão automática CVT, ele até surpreende com seu desempenho, respondendo rapidamente ao comando do acelerador. Outro ponto de destaque é o ângulo de inclinação nas curvas, bastante elevado para um modelo da categoria.

O Garinni GR 150 P conta com soluções tradicionais em termos de suspensões: garfo telescópio na dianteira e braço oscilante com duplo amortecimento regulável na traseira. Porém, as rodas de aro 16 e pneus largos e altos, se comparados com a concorrência, conseguem ajudar no árduo trabalho de absorver os impactos em pisos irregulares.

O sistema de freios (disco em ambas as rodas) cumpre bem o seu papel. Porém, o piloto deve optar por uma direção mais defensiva, brecando com antecedência para evitar sustos desnecessários. Como o scooter é empurrado pela dupla motor-CVT, parece que a frenagem tem efeito retardado. (por Aldo Tizzani)