Honda faz 6.000 motos por dia, e deve aumentar ritmo em 08

Da Infomoto, em Manaus (AM)*

O complexo industrial que hoje ocupa um terreno de 661 mil m², com cerca de 200 mil m² de área construída, no Pólo Industrial de Manaus (AM) pouco lembra a Honda que ali se instalou há 31 ano, mais precisamente em 4 de novembro de 1976.

Na época, a marca japonesa produzia cerca de 1.100 motocicletas por mês. Atualmente, essa quantidade é menos de 25% do que é fabricado diariamente -- sim, diariamente -- no mesmo local. Todos os dias, cerca de 6.000 motocicletas saem das quatro linhas de montagem da Honda em Manaus. Ali são produzidos 14 modelos para o mercado nacional, além dos que são exportados. A empresa é líder de mercado no Brasi, com cerca de 73% de participação.
Divulgação


Campo de provas da Honda em Rio Preto da Eva (AM) a 70 km de Manaus

Neste ano, a Honda deve fabricar cerca de 1,4 milhão de motocicletas, número bem próximo da capacidade da fábrica, de 1,5 milhão de unidades. Por isso, no primeiro trimestre do próximo ano devem ser anunciados investimentos para ampliar a capacidade produtiva da planta de Manaus em 2009.

Da produção total, 1.214.999 unidades foram comercializadas no mercado interno entre janeiro e novembro deste ano. As restantes 100 mil unidades (aproximadamente) de 12 modelos foram exportadas para mais de 60 países -- algumas prontas, outras no esquema de CKD (Completely Knocked Down), ou seja, seguem desmontadas para países como Colômbia, Peru e Argentina.

Os números colocam a planta brasileira entre as cinco maiores de todo o grupo japonês, e também como uma das maiores fábricas de motos do planeta.

Fábrica mesmo
Pela falta de fornecedores, desde o princípio a empresa se viu obrigada a verticalizar a produção no Brasil. Além da Moto Honda da Amazônia, o complexo abriga a Honda Componentes da Amazônia (HCA), que fabrica escapamentos, rodas, guidões, chassis, rolamentos e assentos, e também a HTA, indústria de fabricação e manutenção de moldes e ferramentas de produção, onde são feitos moldes para peças e ferramental para o fabrico de motocicletas.

"Costumamos dizer que não somos uma montadora, somos um fabricante de fato", afirma Mário Okubo, gerente de relações institucionais da Moto Honda da Amazônia.

Para que todo esse complexo funcione, a empresa conta com 8.300 empregados na capital amazonense. Na área também está instalado um Centro de Distribuição de Peças para a própria unidade fabril, assim como para as 658 concessionárias da marca espalhadas pelo Brasil.

Campo de teste
Além da planta produtiva, a Honda conta com um campo de testes no município de Rio Preto da Eva, a 70 km de Manaus, inaugurado em janeiro de 2003. Com dez diferentes tipos de pistas para simular o que o piloto encontra nas vias brasileiras, o campo serve para o desenvolvimento de novos produtos e também para o controle de qualidade dos modelos em produção.

Há uma pista plana e reta de asfalto com cerca de 1.500 metros de extensão para testes de velocidade máxima, aceleração, consumo, ciclística e frenagem. Recentemente foi inaugurado um circuito com curvas e subidas para simular o uso urbano das motocicletas. Dessa forma, os testes ficam mais próximos do uso final da motocicleta pelo usuário.

O local ainda abriga uma pista de motocross e outra de cross-country para os testes dos modelos off-road e de uso misto produzidos no Brasil, como a CRF 230 e a XR 250 Tornado. (por Arthur Caldeira)

IMAGENS DA HONDA EM MANAUS
Fotos: divulgação (1 e 4) e Arthur Caldeira/Infomoto (2 e 3)


Vista aérea da fábrica da Honda, que tem área construída de 200 mil m²


Linha de montagem da Honda CG 150, moto mais vendida do Brasil


O complexo abriga indústria de moldes e ferramentas e outra de peças


Linha de montagem da Biz 125, terceira moto mais vendida do Brasil

*Viagem a convite da Moto Honda da Amazônia

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