Sundown oferece custom de 250 cc para os 'emergentes'

Da Infomoto

O segmento de 250 cilindradas é o que mais cresce no Brasil. O motivo é obvio: os motociclistas que têm motos de 100, 125 e 150 cilindradas querem migrar para modelos de maior porte, potência e valor agregado. É a tal ascensão social.

Do total de motos comercializadas no país, 9,2% estão na faixa entre 151 e 250 cilindradas. Para atender a esses pilotos "emergentes", a Sundown oferece a VBlade, uma legítima custom equipada com motor V2, que oferece conforto e muitas peças cromadas. Com preço sugerido de R$ 13.490, a custom da Sundown traz ainda pedaleiras plataforma, guidão alto, banco em dois níveis e painel integrado (com hodômetro e marcador digital de gasolina) sobre o tanque e rodas de liga-leve.


A versão 2008 do modelo top de linha da Sundown sofreu pequenas alterações, entre elas, a geometria do chassi de berço duplo. A tampa do tanque agora é emborrachada, assegurando melhor vedação. Já a caixa lateral está arredondada, conferindo um visual melhor ao produto. Houve também modificação nas bengalas da suspensão dianteira, agora mais macias.

Apesar de a marca ter feito algumas mudanças estéticas, o pára-lama traseiro continua parecendo não pertencer à moto, por ser quadrado e demasiadamente alto. A VBlade ficaria mais bonita se ele fosse mais curto e arredondado...

SUNDOWN VBLADE
Motor - SOHC, 4 tempos, refrigerado a ar, capacidade cúbica 248 cm³
Potência - 19,7 cv a 8.000 rpm
Torque - 1,57 kgfm a 7.500 rpm
Câmbio - 5 velocidades; transmissão final por corrente
Alimentação - Carburador
Partida - Elétrica
Quadro - Berço duplo
Suspensão - Garfo telescópio (d) e monoamortecida (t)


Freios - Disco simples de 270 mm de diâmetro e acionamento hidráulico de duplo pistão (d); tambor , com 160 mm (t)
Pneus - Metzeler 3.00-18-47S (d) e 130-90-15 MC 66S (t)
Medidas - comprimento 2.260 mm, largura 930 mm, altura 1.300 mm, entre-eixos 1.570 mm, distância do solo 155 mm, altura do assento 750 mm
Peso - 163 kg
Tanque - 14 litros (3 litros de reserva)
Cores - Prata e preta
Preço - 13.490
Ergonomia
O grande destaque da VBlade é seu conforto e ergonomia. Diferentemente do que acontece na grande maioria das motos, nos modelos custom o piloto vai sentado confortavelmente -- e não montado. O banco em dois níveis com sissy-bar (o encosto para a garupa) original de fábrica é uma benção para o "passageiro". E, para o piloto, nada melhor que encarar o trânsito carregado ou a estrada com braços abertos e pés posicionados mais à frente.

Outro diferencial desta minicustom são as pedaleiras do tipo plataforma, muito utilizadas em motos custom de grande porte. Elas estão bem posicionadas, e desse modo o motociclista mais arrojado pode até dar uma abusadinha na inclinação das curvas. Mas, mesmo fixadas por meio de coxins de borracha, elas transmitem um pouco de vibração para o piloto.

Resumindo: a VBlade é fácil de pilotar e oferece bom nível de conforto. Porém, a montadora deveria ter tido mais cuidado com o acabamento.

Mecânica e ciclística
O motor com dois cilindros em V a 70º com comando simples no cabeçote (duas válvulas), de 248 cm³ de capacidade, gera uma potência de 19,5 cv a 8.500 rpm e torque declarado de 1,57 kgfm a 6.000 rpm. De mecânica simples, o propulsor trabalha redondo, porém falta-lhe um pouco de fôlego, principalmente nas arrancadas.

Na estrada, a VBlade roda tranqüilamente a 100 Km/h, sem precisar forçar o motor. Os comandos são macios e o câmbio de cinco marchas tem engates precisos. Para facilitar a vida do piloto, os pedais de câmbio e de freio são ajustáveis. Em função do bom trabalho do conjunto de suspensões -- garfo telescópico na dianteira e monoamortecimento na traseira -- a moto enfrenta bem a buraqueira dos grandes centros urbanos. Já os freios do modelo avaliado (disco simples na frente e a tambor atrás) poderiam ser um pouco mais eficientes. Mas nada que uma boa regulagem não possa corrigir. (por Aldo Tizzani)

UM SEGMENTO SEM HONDA, YAMAHA OU SUZUKI
Além da VBlade, o mercado de duas rodas oferece outras opções de motos custom de 250 cc. Por exemplo, a Kasinski Mirage Premier. Mais cara, mais encorpada e mais potente, a Mirage conta com motor V2 de 249 cm³, que gera 27,9 cv a 10 mil rpm, e custa R$ 14.890.
Já a chinesa FYM FY 250 traz motor de dois cilindros paralelos de 233 cm³, que produz 17 cv a 8.500 rpm de potência máxima e tem preço sugerido de R$ 9.800.
Há ainda a Amazonas AME C1 250, que fez sua estréia no Salão Duas Rodas 2007 e está equipada com motor monocilíndrico de 249,2 cm³ e 21,5 cv a 6.700 rpm. Custa cerca de R$ 13.000.
E também a Traxx JH 250E-5, de dois cilindros em linha e 233 cm³. O modelo gera potência máxima de 19,7 CV a 8.000 rpm e torque de 1,8 kgf.m a 6.500. O preço gira em torno de R$ 9.000. Detalhe: Honda, Yamaha e Suzuki estão fora deste nicho de mercado. Até quando?

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