Yamaha apimenta custom Drag Star para 2008

Da Infomoto

Você saberia dizer o que o Shelby Cobra, o Ford GT-40 e a Ferrari 430 Scuderia têm em comum, além, é claro, de serem carros esportivos "puro-sangue". Não? A resposta é muito simples: os três modelos trazem em sua carroceria faixas decorativas que vão do capô até a tampa do porta-malas.

Mas o que isso tem a ver com a versão 2008 da Yamaha Drag Star 650? Tudo: para dar um ar mais modernoso e mais esportivo ao seu tradicional modelo custom, a Yamaha se inspirou nessas lendas sobre quatro rodas e aplicou na moto duas faixas contínuas, prateadas, na parte superior do tanque de gasolina e da rabeta.

Renato Durães/Agência Infomoto

A tradicional custom da Yamaha ganhou detalhes de carrão esportivo
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A Drag Star também ganhou a cor vermelha, além de logotipo em relevo e cromado no reservatório de combustível. Outra novidade da linha 2008 é o assento em tecido antiderrapante perfurado, além do novo grafismo do interior do painel de instrumentos.

Na parte visual, a adoção do vermelho deu mais vida ao modelo, fabricado anteriormente apenas nas cores preta e prata. Para quem é fã das estradeiras, essa custom não deixa nada a desejar frente às outras opções de mercado: traz muitas peças cromadas, pára-lama curto, pedaleiras avançadas, duas saídas de escape paralelas e o largo pneu 170/80-15 na traseira. Além, é claro, do tradicional motor V2 . Em função de seu porte, a Drag Star 650 parece uma moto de maior cilindrada.

Fabricado no Pólo Industrial de Manaus (AM) desde 2003, a Yamaha Drag Star vendeu em 2007 aproximadamente 900 unidades. Suas principais concorrentes são Honda Shadow 750, Suzuki Boulevard M 800 e Harley-Davidson XL 883. Apesar de sua menor capacidade cúbica, a custom da Yamaha oferece uma boa relação custo-benefício, já que seu preço sugerido gira em torno de R$ 25 mil, contra R$ 29.980,00 da Honda, R$ 29.900,00 da HD e R$ 32.900,00 da Suzuki.

Ou seja, a Drag Star 650 é a custom de média cilindrada mais acessível à venda no Brasil.

Compatível e suficiente
Equipada com um motor bicilíndrico de quatro tempos em V refrigerado a ar de 649 cm³, a Drag Star 650 gera 40 cv de potência máxima a 6.500 rpm -- ou seja, a moto tem desempenho compatível com sua categoria e suficiente para uma viagem tranqüila. Destaque para o torque de 5,2 kgfm, que já chega nas 3.000 rpm. Em função de sua força, muitas vezes nem é preciso reduzir a marcha para fazer uma ultrapassagem. Basta girar o acelerador.

Outro diferencial do modelo fica por conta da adoção da transmissão secundária por meio de eixo-cardã. Silencioso, limpo e praticamente sem manutenção, o conjunto oferece total segurança nas viagens de longa duração. Já o câmbio de cinco marchas tem engates precisos e suaves. Para agredir menos o meio ambiente, a Drag Star 650 está equipada com o Air Induction System, um dispositivo formado por diafragmas e válvulas interligados com o carburador (duplo), com o filtro de ar e cabeçote, além de dois catalisadores.

Ciclística
Para reforçar a imagem clássica das "rabo-duro" (motos que não tinham amortecedor traseiro), a Drag Star escondeu o monoamortecedor (com regulagem de pré-carga) sob o pára-lama. Fixado à balança traseira por links, copia bem as ondulações de estradas. Na dianteira, a Drag Star usa o tradicional garfo telescópico.

Nas ruas e avenidas dos grandes centros, o conjunto sofre um pouco com o excesso de buracos. Para ajudar na absorção dos impactos, a moto está calçada com pneus Pirelli Route 100/90-19, na dianteira, e 170/80-15, na traseira. Já o sistema de freios é formado por disco simples de 298 mm na frente e a tambor (130 mm) na roda de trás. Não é um primor de eficiência, mas está perfeitamente de acordo com sua proposta.

Para quem quer mais
Com visual retrô, a Drag Star traz uma grande distância entre-eixos (1.610 mm) e reduzida altura do assento (695 mm). Essa configuração de construção torna as motos custom fáceis de conduzir. O piloto, independentemente de sua altura, tem mais facilidade ao parar a moto e colocar os pés no chão.

Para completar, a moto da Yamaha traz guidão aberto, banco estilo sela para piloto e um outro, individual, para o garupa (uma espuma de maior densidade seria mais agradável). Para quem quiser investir no conforto, alguns acessórios podem ser instalados: faróis auxiliares, pára-brisa, pedaleiras plataforma e alforjes laterais, além de um banco mais largo para o garupa -- além de um sissy-bar (encosto), com suporte para bagagem. (por Aldo Tizzani)

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