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Vendeu pouco, mudou muito: 10 fatos que marcaram o 2016 das motos

Na garupa da forte queda nas vendas, 2016 teve mudanças de hábito e avanços no setor de motos - Divulgação
Na garupa da forte queda nas vendas, 2016 teve mudanças de hábito e avanços no setor de motos
Imagem: Divulgação

Da Infomoto, em colaboração para o UOL

22/12/2016 08h00

Tem muita gente torcendo para que 2016 acabe logo. Não foi dos melhores anos no Brasil, nem no Mundo, inclusive comercialmente e, principalmente, para o setor de duas rodas. Vendas e produção de motocicletas registraram forte queda, em torno de 20%, que devem reduzir as entregas para menos de 1 milhão de unidades. É um "marco", mas do jeito ruim.

Nem tudo foi negativo, porém. Se a situação econômica e política tira o ânimo das vendas, a indústria fez sua parte ao trazer lançamentos, lançar tendências, reafirmar investimentos e apontar que o futuro pode ser, de fato, promissor. Confira:

Retrospectiva: 2016 em duas rodas

  • Doni Castilho/Infomoto

    Sem "show do milhão"

    Fábricas devem produzir apenas 890.000 unidades em 2016, segundo a Abraciclo, associação do setor. Menos de 1 milhão, sempre uma marca indicadora de força. Queda de quase 21% comparando com números de 2015 (1,12 milhão). As vendas não foram muito melhores: emplacamentos até novembro somam 914.320 veículos de duas rodas, redução de 19,94% para 2015. Segundo as fábricas, desemprego, altos juros e a falta de confiança do consumidor na economia brasileira são os principais responsáveis pelos resultados ruins. Quem tem dinheiro na mão, porém, consegue bons negócios. Leia mais

  • Isadora Brant/Folhapress

    Usadas dominam

    O ano ruim na economia complica as vendas de duas rodas, certo? Certo, se o assunto é modelo novo. As vendas de usados parecem promissoras, já que a necessidade por locomoção continua. "Não dá mais para comprar a motocicleta zero? Vai a usada mesmo. Não há linha de crédito? Resolve-se o problema de particular para particular: cheque pré-datado, moto velha dada de entrada na seminova, celular e até videogame entram no rolo", apontou o colunista Roberto Agresti. Leia mais

  • Divulgação

    Scooters em alta

    Representam apenas 4% das vendas totais dos veículos de duas rodas, mas estão em alta: scooters devem atingir quase 40.000 unidades comercializadas em 2016, com fabricantes enxergando grande potencial. Os brasileiros estão "descobrindo" a praticidade, economia e agilidade do modelo. Marcas de liderança, como a Yamaha, apostaram tudo nesse segmento: foram dois lançamentos, com o sofisticado NMax 160 ABS (junho) e o popular Neo 125 (em setembro), o mais barato do país. Leia mais

  • Luciano Sampafotos

    Retrô, de novo...

    "Vintage" é algo que influencia moda, decoração e, há alguns anos, pegou com tudo a indústria de motos. A Triumph, pioneira na onda retrô, lançou três modelos com visual clássico, porém com tecnologia atual: Street Twin, Bonneville T 120 e Thruxton R. A Ducati também embarcou na onda com a linha Scrambler, de quatro modelos. Nada supera, porém, o retorno oficial da marca Vespa, como algo "cult"... e caro. Leia mais

  • Infomoto

    Ciclomotor tem regra

    Era para começar a valer em fevereiro. Depois em junho... . Acabou ficando para novembro a entrada em vigor da Lei que obriga os condutores de ciclomotores de 50 cc (as populares "cinquentinhas") a portarem a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor), se não tiverem CNH da categoria A (motos e similares). Desde 2015 é obrigatório também o emplacamento desse tipo de veículo -- a placa identifica a categoria. Quem for pego pilotando um ciclomotor sem habilitação está cometendo infração gravíssima (sete pontos), que rende multa de R$ 880,41 e retenção do veículo. Leia mais

  • Mario Villaescusa/Infomoto

    Tecnologia a serviço da segurança

    Foi um ano de inovações para auxiliar o motociclista. A última palavra em eletrônica é a Unidade de Medição Inercial (IMU da sigla em inglês), sensor que permite uma leitura precisa da posição da moto nos eixos lateral, transversal e longitudinal, além de detectar as forças de aceleração em outros três eixos. Utilizado em superesportivas, como a Kawasaki Ninja ZX-10R, a nova geração da Yamaha YZF-R1; e em bigtrails como a KTM 1290 Super Adventure, envia as para central eletrônica e ajusta o controle de tração, atuação dos freios ABS em curvas e, no limite, evita muitos tombos. Leia mais

  • Divulgação

    Fábrica própria

    Depois de parceria de seis anos com a Dafra e montagem em sistema CKD (peças importadas, montagem local), a BMW inaugurou em 20 de outubro sua fábrica própria de motocicletas em Manaus (AM). Investimento de R$ 36 milhões (10,5 milhões de euros), 175 funcionários e capacidade inicial para 10.000 motos/ano de nove modelos. De acordo com Stephan Schaller, presidente da BMW Motorrad, a fábrica faz parte de uma estratégia global da marca para vender 200.000 motos/ano até 2020. E sem medo de crise: "Conheço o país há 20 anos e a economia brasileira é cíclica: está em baixa agora, mas voltará a crescer. Vemos um ótimo potencial em médio e longo prazo no país", afirmou o executivo alemão. Leia mais

  • Divulgação

    Bigtrails de última geração

    No mercado restritivo, as bigtrails tornaram-se objeto de desejo de 10 entre 10 motociclistas que querem realizar longas viagens e podem investir um pouco mais. As motos desse segmento oferecem bom desempenho, conforto, versatilidade e tecnologia de ponta (modos de pilotagem, controle de tração e até suspensão semi-ativa). 2016 foi repleto de lançamentos: Triumph Tiger Explorer 1200 renovada; a BMW F 800 GS atualizada; Honda finalmente trazendo a CRF 1000 L Africa Twin. Com isso, o consumidor passou a ter diversas opções para pegar a estrada e rodar até o Ushuaia, extremo sul do continente, com conforto e segurança. Leia mais

  • SUVs de duas rodas

    Aventureiras são os SUVs/Crossovers do segmento de duas rodas: têm visual aventureiro, conforto de trail, mas desempenho de esportiva e gostam mesmo é de rodar no asfalto. Yamaha MT-09 Tracer, Kawasaki Versys 1000, BMW S 1000 XR e Triumph Tiger Sport 1050 são autênticas representantes desse segmento. Atenção: motores com mais de uma centena de cavalos de potência, excelente ciclística para deitar nas curvas estão na ficha, mas as motos enfrentam, no máximo, uma estrada vicinal com asfalto ruim. Passam longe da terra e da lama. Leia mais

  • Cos Aelenei/CDN/Divulgação

    Calma, calma

    Nem a Harley-Davidson foi a mesma: por fora, o histórico motor V2 com comando de válvulas no bloco do motor parece o mesmo. Internamente, o novo Milwaukee-Eight é totalmente novo: maior capacidade cúbica (1753 cc), novos comandos de válvulas, eixos balanceiros para diminuir a vibração, esquentar menos e andar mais. Lançado quase duas décadas depois do Twin Cam 88, significa uma grande mudança em mais de 113 anos de história da marca, que inspirou até série de TV em 2016. Lançado em agosto, vai equipar toda a linha Touring da marca americana, que já chegou ao Brasil. Sinal de que a concorrência em mercados mais complicados -- no Brasil e no mundo -- faz bem. Leia mais