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UOL Carros analisa a picape Mercedes-Benz X em cinco passos

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/10/2016 10h00

Nesta semana, a Mercedes-Benz revelou um conceito de seu projeto de picape global. O nome está definido; o conceito é chamado de Concept X-Class, enquanto o modelo real será o... Mercedes Classe X, bastante óbvio. Data de chegada também está certa: final de 2017 na Europa, 2018 em mercados como Austrália, África do Sul, Reino Unido, Alemanha e Brasil.

Como adiantamos, a base será a mesma da nova Nissan Frontier e da inédita Renault Alaskan. A Mercedes, claro, colocará sua motorização e usará equipamentos e acabamentos de luxo... sempre que possível. Entre boas saídas e deslizes, promete ser algo tão diferente para o segmento quanto a picape Toro, se é que podemos comparar as propostas.

UOL Carros destrincha abaixo a ideia da Mercedes, que deve dar as caras também no Salão de São Paulo, entre 10 e 20 de novembro.

Por dentro do conceito

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    Estilo

    Embora ainda seja conceitual, muito do que será a picape Classe X já está definido: a base é da Nissan Frontier, o lançamento será entre 2017 (Europa) e 2018 (Brasil e resto do mundo) e haverá produção para os mercados europeu (na Espanha), australiano/asiático, sul-africano e brasileiro/latino (na Argentina e no México). O visual não vai fugir do restante da linha Mercedes-benz: sua dianteira é uma mistura do que se vê nos sedãs (Classes C, E e S) com o SUV GLE. O restante da carroceria será bem parecido com os das "primas-irmãs" Frontier e Renault Alaskan, lembrando ainda Ranger e Hilux, inclusive com lanternas verticalizadas (descarte o aro de luzes do conceito prateado).

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    Capacidade

    A Classe X promete ter equipamentos de sedãs de luxo com mecânica de picape média: como na Alaskan e Nova Frontier, capacidade de 1,1 tonelada, capacidade de tração de até 3,5 toneladas, cabine dupla e construção sobre chassis. Sistema de monitoramento 360 graus por câmera, partida por botão, ar-condicionado de duas zonas e controle eletrônico do diferencial são destaques da base múltipla Renault-Nissan-Mercedes. A Mercedes divulgou o uso do motor V6, sem especificar se versão a diesel (atualmente temos o 3.0 do GLE, de 258 cv) ou a gasolina (também 3.0 de 333 ou 367 cv), sempre com tração integral 4Motion.

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    Curtição ou trabalho?

    A Mercedes afirma querer atingir cinco diferentes tipos de comprador: chefes de famílias (endinheiradas), que gostam de viajar juntos; jovens aventureiros (endinheirados); empresários (endinheirados) do setor de construção e que precisam de veículos parrudos, mas que também podem ser usados pessoalmente; consumidores (endinheirados) de carros de luxo como um todo, mas que gostem da nova proposta.

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    Do sedã à picape

    "Aventureiro poderoso" ou "explorador estiloso"? Se a Fiat Toro quebrou um paradigma ao colocar o ambiente de SUV na carroceria da picape (elevando um pouco o nível da cabine, mas perdendo um pouco de "parrudez"), a Classe X promete fazer o mesmo no andar de cima. As denominações acima são os nomes das versões do conceito: a primeira prevê acabamento semelhante ao de Classe C, tanto no nível de acabamento (couro, madeira e cromados), quanto na organização dos equipamentos; haverá também sistema de segurança e recursos semi-autônomos com câmeras, sensores e radares, como na Ford Ranger.

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    Nem tudo é luxo máximo

    Já na versão mais bruta e "de trabalho" (explorador poderoso), a Classe X mostra que ter origem na Nissan e Frontier prevê também simplificações estranhas à Mercedes: se couro multicolorido é upgrade interessante, a ausência de cintos e apoio de cabeça central no banco traseiro é deslize semelhante ao da Renault Alaskan que UOL Carros conheceu na Colômbia. A alavanca de câmbio automático também mostra sistema mais simples que o habitual para a marca: temos manopla seletora sobre trilho, nada da familiar haste atrás do volante, nem do esportivo "manetino".