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Saiba manter freios em ordem para garantir segurança em carros e motos

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Imagem: Divulgação

Da Infomoto e do UOL, em São Paulo (SP)

28/11/2016 08h00

Quando você pensa nos freios do carro ou da moto? Pode falar a verdade: no máximo, antes das viagens de férias ou no final do ano. Mas você os usa, pode prestar atenção, todo santo dia, após cada aceleração.

Todo o sistema pede manutenção para funcionar de forma eficaz, principalmente em casos de emergência. No caso dos freios -- em carros e motos --, o sistema até tem longa vida útil se comparado a outros componentes (a grande revisão geralmente é feita a cada 10 mil quilômetros, a depender de cada fabricante), mas precisa de cuidados periódicos para funcionar de forma eficiente, sobretudo em frenagens de emergência. 

Mais do que ficar de olho apenas em momentos de viagens "pesadas", é necessário tomar alguns cuidados básicos e periódicos em termos de manutenção. E também aprender a usar bem os sistemas mais sofisticados.

Confira os principais:

Tudo em ordem

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    Freios a tambor

    Apesar de estarem defasados, os freios a tambor ainda são adotados pelas fábricas em modelos de menor valor total por serem mais baratos e fáceis de manter. Isso não quer dizer que sejam menos seguros -- é possível ter freio a tambor na traseira e ainda assim ter sistemas como controle de estabilidade ou frenagem combinada (motos) -- mas é claro que serão menos eficientes que os sistemas a disco mais avançado. Tudo depende, também, da verificação e manutenção periódica, seguindo o manual. No caso das motos, atenção: nunca se deve regular o braço ao qual é ligado no pedal, de maneira a dar uma alavanca maior. Neste "quebra-galho" para não ter que trocar a lona (sapata), a geometria do sistema pode ser prejudicada, pois ao acionar o freio, ele tende a não retornar. Passada a medida final definida pelo fabricante, a solução é trocar o cubo da roda por um novo. Dessa forma o sistema de freio a tambor mantém sua eficácia.

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    Freios a disco

    Cada vez mais comum -- pelo menos na dianteira --, apresentam eficácia superior em relação ao sistema de tambor. Mas é necessário tomar alguns cuidados. Os discos de freio costumam demorar a pedir troca, principalmente se você substituir as pastilhas na hora certa e manter o fluido em dia. O manual do proprietário geralmente indica com quantos quilômetros o disco deve ser substituído e, inclusive, há uma marca de segurança em sua superfície que deve ser obedecida. Crucial é ficar de olho no fluido.

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    Freios combinados

    Assim como ocorreu com o sistema ABS (obrigatório desde 2014 em carros novos), freios combinados (ou o próprio ABS) serão obrigatórios para todas as motos até 2019. Neste sistema, quando o pedal traseiro é acionado com força, um cilindro-mestre distribui a força da frenagem entre o tambor traseiro e um terceiro pistão colocado na pinça dianteira. Mas também há uma questão de educação: segundo a Abraciclo, 44% das motos que passam por revisão apresentam desgaste excessivo no freio traseiro, porque os motociclistas usam muito mais os pedais deste do que o manete do disco dianteiro. "É um uso equivocado", alerta Alfredo Guedes Junior, engenheiro da Honda, que aponta a criação do vício ainda nas moto-escolas. "Durante o processo de habilitação, o usuário é orientado a só usar o freio traseiro, quando o correto seria acionar ambos em proporções semelhantes".

  • Marcelo Justo/Folhapress

    Revisão do sistema

    Uma revisão completa de todo o sistema de freio, dianteiro e traseiro, garante que todos os componentes estejam em perfeito funcionamento. A troca do fluído de freio deve ser feita conforme recomendação do manual veículo -- normalmente essa revisão/manutenção envolve trechos de 10.000 km ou dois anos, segundo o supervisor de franquias da Bono Pneus, David Fernandes. Lonas de freio precisam de ajustes periódicos para frearem de forma eficaz.

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    Pastilhas

    Também devem ser verificadas periodicamente. Mesmo que visualmente não seja possível notar o desgaste, quando já estiverem em fim de vida, elas "apitam" em frenagens, ou seja, o ferro da base da pastilha entra em atrito com o disco e emite um ruído. Nessa situação, já passou da hora de trocá-las.

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    Fluidos

    Para evitar falhas no sistema de freios é importante checar o nível e a validade de todos os fluidos e filtros dos veículos. Verificar possíveis vazamentos no sistema do fluido de freio. A manutenção deve seguir o manual, mas é bom verificar a cada grande viagem, a cada 10 mil km ou a cada dois anos. Já que o óleo de freio é higroscópico, ou seja, absorve umidade, contaminação por água pode prejudicar as frenagens. "Deve-se trocar todo o fluído, e não apenas uma parte (a sangria), quando se substitui a pastilha. O custo é baixo e o resultado, garantido", explica o mecânico Alex Bongiovanni, da Officine Moto, de São Paulo.

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    Flexíveis

    Em relação às mangueiras (ou flexíveis de freio), normalmente não há necessidade de troca, desde que se verifique o fluído regularmente. O que pode acontecer, caso se rode com fluido "velho", é a formação de uma borra que entope a mangueira por dentro, deixando o retorno do freio lento. Quando isto acontece, o único jeito é trocar o flexível, segundo especialistas.

  • Sistema antitravamento (ABS)

    Segundo especialistas, os freios ABS têm importância fundamental, uma vez que são equipamentos de segurança primária, ou seja, podem evitar acidentes. Também chamado popularmente de antoblocante, o ABS impede que as rodas travem durante a frenagem e com isso permite que o motorista mantenha o controle do veículo, podendo fazer movimentos para escapar de um obstáculo. Nos freios convencionais, as rodas travam em frenagens bruscas e o volante/guidão fica "bobo": pouco importa se o motorista/motociclista comanda ou não mudanças de direção, ele seguirá em linha reta enquanto as rodas estiverem travadas. A questão é que muitos motoristas ainda se assustam com o trepidar do pedal nos carros com ABS, comportamento que é normal e que deve ser entendido. Se liga no vídeo! Leia mais

  • Controle de estabilidade

    Conhecido (principalmente) pelas siglas ESP ou ESC, o controle de estabilidade é outro comando eletrônico que interfere no funcionamento de freios (junto ao ABS). Serve para corrigir escorregões ou derrapadas do veículo, causados por frenagens acentuadas demais ou pelo "exagero" do motorista ao volante. Por conta disso, também, é necessário que o motorista saiba como o sistema funciona para tirar melhor proveito e estar sempre seguro.

  • Aquaplanagem

    Há uma dica básica para momentos de chuva intensa na pista: sempre reduza a velocidade e guie com bastante atenção, evitando áreas com mais água. Se for necessário, adie a viagem até as condições melhorarem. Você nunca vai vencer a natureza! Se nada disso resolveu e você se viu, no meio do susto, aquaplanando (ou seja, deslizando sobre a água que se acumula sobre o asfalto) NUNCA freie. Reduza a velocidade parando de acelerar. Se estiver de moto, dose a carga. Leia mais