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Carnaval automotivo: 10 carros que vestiram fantasia para ir às ruas

Volkswagen CrossFox, um dos carros mais fantasiados da história da indústria automotiva brasileira - Murilo Góes/UOL
Volkswagen CrossFox, um dos carros mais fantasiados da história da indústria automotiva brasileira
Imagem: Murilo Góes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/02/2018 04h00

Foliões costumam se fantasiar só no carnaval, mas há quem tenha o privilégio de viver fantasiado o tempo inteiro durante longos anos. Estamos falando não de gente, e sim das famosas versões "aventureiras" ou "esportivas" de carros civis brasileiros, que de "aventureiras", "utilitárias" ou "esportivas" na verdade só têm a alegoria.

Por que elas existem? Velho truque: deixar um carro com pinta de que propõe algo a mais do que realmente entrega, e cobrar do consumidor por isso. Até aí tudo bem, faz parte do jogo. O problema é quando as fabricantes passam do ponto na hora de "vestir a alegoria" e criam produtos desprovidos de qualquer sentido.

Confira abaixo os 10 modelos do presente que foram às ruas (mal) fantasiados. Deixamos de mencionar algum? É só citar nos comentários.

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Usado da vez: como o Etios conquistou compradores
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Carros carnavalescos

  • Murilo Góes/UOL

    Ford EcoSport Storm

    Mais recente lançamento da Ford no Brasil, o EcoSport Storm dá nova vida à configuração com tração integral do SUV. Discreto demais, o antigo Eco 4WD vendia quase nada. Qual a solução? Adotar um visual exageradamente agressivo, inspirado na F-150 Raptor. O detalhe aqui é que o Eco jamais será um "lameiro" genuíno, nem mesmo na versão Storm, que sequer pneus para uso misto ou mudanças na altura da suspensão recebeu. Sua tração integral (que não é 4x4 sob demanda) serve mais para melhorar a estabilidade no asfalto do que para qualquer outra coisa.

  • Divulgação

    Volkswagen CrossFox

    Expoente-mor dos pseudo-aventureiros, o Volkswagen CrossFox trazia tudo a que um carro fantasiado tinha direito, por mais desnecessários que fossem os itens: faróis de milha, quebra-mato (que acabou proibido e foi retirado na primeira atualização do modelo), pneus de uso misto, estribos laterais, barras de teto e, claro, estepe na tampa do porta-malas. Única modificação útil talvez fosse a altura elevada do solo, considerando a qualidade de nosso asfalto. Com o passar dos anos a versão se tornou menos "espalhafatosa", até ser descontinuada em 2017.

  • Tannen Maury/Arquivo Folhapress

    Hyundai Veloster

    Um cupê 3-portas com cara invocada e toda pinta de miniesportivo, mas que na prática oferece desempenho de carro comum e espaço interno sofrível. O grupo Caoa não terá como negar que errou feio no equilíbrio entre "expectativa vs. realidade" ao lançar o Hyundai Veloster no Brasil. O resultado está aí: um modelo cheio de apelidos pejorativos e que tentará recuperar a reputação arranhada na segunda geração.

  • Divulgação

    Toyota Etios Cross

    Quando a Toyota apresentou o Etios ao nosso mercado, é bem provável que alguém tenha se perguntado: "tem como ficar mais feio?". Teve: o Etios Cross nos brindou, em dezembro de 2013, com uma poluição de apliques de plástico interpostos que, ao invés de corrigir, acentuou a precariedade estética do hatch. Espanta saber que ele continua sendo oferecido pela fabricante até hoje.

  • Divulgação

    Honda Fit Twist

    Estranho pensar num Honda Fit "aventureiro". A versão Twist, cujas vendas iniciaram em fevereiro de 2013, propunha um monovolume com pegada "cross", embora sem nenhuma alteração mecânica. Deu tão "certo" que saiu de linha tão logo o modelo trocou de geração, pouco mais de um ano depois. Acabou substituído pelo WR-V, um carro que se pretende um SUV sem ser, é verdade, mas que pelo menos aplicou mudanças reais ao projeto do Fit a fim de se tornar mais robusto.

  • Bel Izzy/Carta Z

    Fiat Doblò Adventure

    Que tal pegar um furgão comercial e inseri-lo em sua linha de produtos "aventureiros", já formada por carros de vocação off-road duvidosa? Foi o que a Fiat fez ao criar uma versão Adventure para o Doblò, em 2003. Até um sistema de bloqueio de diferencial foi acrescido ao modelo seis anos mais tarde. Aparentemente a estratégia foi um sucesso, porque a versão permaneceu viva até o ano passado, quando o Doblò foi aposentado.

  • Divulgação

    Citroën C3 XTR

    A Citroën quis surfar a onda dos aventureiros compactos: uns protetores de caixa de roda e portas aqui, uns apliques no para-choque ali, duas barras de teto acolá e, voilà, surgiu em 2006 o C3 XTR. Qual o sentido dessa versão? Impossível saber, já que o hatch sempre teve jeito de "francês da cidade". O mais surpreendente é que a versão foi mantida em produção durante seis anos, tendo sido extinta só quando o automóvel trocou de geração.

  • Divulgação

    Toyota Corolla XRS

    É comum a existência de versões esportivas em modelos médios globais. O problema do Corolla XRS é que de furioso ele só tem a sigla e o spoiler traseiro. Reavivado em 2017, ele deriva do "clássico" que chegou em 2012 como versão esportivada da geração 10. Algum tipo de preparação para ganhar potência? Claro... que não. O motor era o mesmo 2.0 4-cilindros flex de sempre, capaz de render até 153 cv com etanol e gerenciado por câmbio automático de quatro marchas. Imagine a emoção ao dirigir...

  • Divulgação

    Chevrolet Meriva SS

    Por falar em esportivo, que tal colocar bancos vermelhos, rodas aro 16 com pneus de perfil baixo do Astra e a clássica insígnia da linha de superesportivos americanos da General Motors em um... Meriva? Parece coisa de customização particular, mas estamos falando de uma versão original de fábrica, a SS. Apresentada em 2004, culminou no resultado acima, e aqui até vale uma licença poética: o carro não era feio. O problema é saber que carregava sob o cofre o velho 1.8 8V FlexPower de incríveis 114 cv (etanol), podendo estar acoplado ao desconcertante câmbio automatizado EasyTronic.

  • Divulgação

    Volvo V40 Cross Country

    É fato que a Volvo traz consigo a boa reputação de construir carros robustos e valentes, mas convenhamos: transformar um hatch de pegada esportiva como o V40 num "aventureiro premium" extrapolou todos os limites. Experimente colocá-lo numa estrada de terra. Sinta a forma como as rígidas suspensões absorvem as imperfeições do solo e você entenderá o que estamos falando.