Quantas motos dá para criar com um só chassi e motor? Honda já tem cinco
Uma mesma base, vários modelos diferentes. Seguir este postulado é uma atitude necessária e muito comum na indústria automotiva. Realizar veículos aparentemente diferentes, mas que em suas entranhas compartilham de uma mesma estrutura e componentes significa otimizar investimentos e reduzir custos.
Há bons exemplos de habilidade e criatividade dos engenheiros, dedicados a a atender públicos e necessidades distintos usando uma mesma base mecânica.
No mundo do automóvel isso ocorre há muito e um bom exemplo é o Volkswagen sedã, o velho Fusca, cuja plataforma gerou de Kombi, Brasília, Variant e até o elegante Karmann-Ghia, entre outros modelos.
Em tempos atuais o que não falta são exemplos: Fiat Toro, Jeep Renegade e Jeep Compass; Honda Fit, City, HR-V e WR-V, Ford Ka, Fiesta e EcoSport, e por aí vai.
"Milagre" da multiplicação
Nas motos, a famíla NC da Honda levou este conceito ao extremo. Aliás, a sigla NC está exatamente para New Concept. No Brasil apenas a NC 750X é comercializada, mas em outros mercados há também a naked NC 750S, o scooter Integra e até mesmo a custom CTX 700, que chegou a ser vendida por breve período no Brasil.
Em comum todas elas usam mesmo motor, chassi, suspensões e muitas outras partes, resultando em uma mais do que evidente economia em nível produtivo. Outro bom aspecto decorrente está na logística, pois o compartilhamento de componentes diminui estoques necessários à manutenção.
Por ocasião do lançamento mundial desta família algumas sacadas técnicas foram ressaltadas pela Honda. Por exemplo, os discos de freio, ambos resultantes de uma única peça de aço na qual o pequeno disco traseiro tem origem no miolo do grande disco dianteiro.
Outra otimização envolve o motor, já que o bicilíndrico paralelo usado nas NC tem um forte parentesco com 4-cilindros em linha do já mencionado Fit, com o qual compartilha pistões, bielas e outras peças essenciais.
No recém-encerrado Salão de Milão 2016, a Honda mostrou mais um fruto desta fértil dinastia. Trata-se do X-ADV, exótica mistura entre trail e scooter.
Pneus com banda de rodagem adequada ao uso na terra e suspensão de curso majorado convivem com praticidades típicas do mundo dos scooters, como a transmissão automatizada de dupla embreagem, o escudo protetivo para as pernas e o indefectível espaço sob o banco capaz de abrigar um capacete.
Com este lançamento esta família da Honda alcança cinco opções bem diferentes entre si, veículos criados a partir de uma mesma base comum. Certamente um exercício de engenharia admirável, ainda mais tendo em vista a competência individual de cada um deles, seja no aspecto dinâmico ou na tarefa de atender diferentes anseios dos consumidores.
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