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Fernando Calmon

Novo VW Polo é compacto brasileiro que mais se aproxima do "padrão europeu"

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

Colaboração para o UOL

27/09/2017 12h19

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Um modelo fabricado no Brasil, inteiramente novo, estrear praticamente em sincronia com a Europa, é caso raro. O novo Polo, no entanto, vai bem além disso ao se tornar referência entre os compactos oferecidos aqui.

Não se trata de opção para a base desse segmento, mas no extrato superior onde já trafegam Ford Fiesta, Citroën C3, Peugeot 208, Honda Fit e o mais recente, Fiat Argo.

Patamar elevado

O compacto da Volkswagen se destaca pelas dimensões, em especial largura (1,71 m) e distância entre-eixos (2,56 m), além do volume do porta-malas (300 litros). Supera ou no mínimo empata com qualquer dos rivais. Oferece ainda três opções de motores: 1 litro aspirado (84 cv), 1,6 aspirado (117 cv) e 1 litro turbo (128 cv). Distribuição das vendas deve se situar em 5%, 25% e 70%, respectivamente.

Todas as versões de maior potência terão sempre câmbio automático com conversor de torque de seis marchas.

A marca aposta tanto no modelo que fez pequenos retoques estilísticos na frente e na traseira para diferenciá-lo do homônimo alemão e atender o consumidor brasileiro. Até o túnel central foi levemente rebaixado. Há saídas de ar-condicionado e entradas USB para os passageiros do banco traseiro, características de modelos mais caros.

Oferece ainda um inédito quadro de instrumentos de 10,3 polegadas que projeta o mapa de navegação em tela cheia, se assim for configurado, além do conjunto multimídia central embutido no painel e inclinado para o motorista.

Seu estilo destaca vincos laterais ousados, além de faróis e lanternas traseiras de traços marcantes. Cuidados com segurança passiva e ativa o colocam no topo dos compactos produzidos aqui. É o primeiro a atingir nota máxima (cinco estrelas para adultos e crianças) dentro dos novos protocolos do Latin NCAP. Na classificação total somou mais pontos que o Corolla nacional de sete airbags (Polo inclui quatro).

Outra quebra de paradigma da marca alemã é posicionamento de mercado competitivo pelo que oferece. Começa em R$ 49.990 e vai a R$ 69.190. Incluídos opcionais mais sofisticados do topo de linha, o preço promocional de lançamento alcança R$ 73.650. Custo somado das três primeiras revisões anuais é de R$ 999, dentro de um pacote agregado ao preço inicial de venda. Primeiras entregas no início de novembro.

Primeiras impressões

Primeiras impressões da versão de topo e motor mais potente, em trechos urbanos e de estrada, confirmou o esperado de um projeto moderno. Posição de dirigir, visibilidade, respostas imediatas do conjunto motor-câmbio automático, carga ideal na direção, suspensão de nível superior (um pouco menos dura em relação aos padrões da marca) e freios bem dimensionados formam um conjunto quase imbatível no cenário atual. 

Banco bem dimensionado, de maciez correta e regulagem longitudinal superior à média do segmento proporciona viagens sem cansaço. Quem senta atrás tem ótimo espaço para pernas, ombros e cabeça. Também surpreendeu a versão de câmbio manual com motor 1.6 de quatro cilindros (os outros dois são tricilíndricos) pela elasticidade e suavidade.

Pontos fracos, poucos, existem. Materiais poderiam ser mais sofisticados, como o resto do carro. E não existe nenhuma alça de apoio no teto (Argo, por exemplo, tem três).

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Imagem: Alta Roda
+Código de Trânsito Brasileiro completou 20 anos agora em setembro. Recebeu várias emendas, algumas para melhor e outras para pior. Uma mudança necessária é o prazo curto demais (15 dias) para indicação de um condutor que não tenha sido responsável pela infração. Não existe razão justa para isso. E os Correios se distanciaram da antiga confiabilidade.

+Audi RS5 chega ao Brasil em abril de 2018. Em primeira avaliação, nos arredores de Munique (Alemanha), o cupê médio-grande se destacou não somente pelo desempenho do seu motor V6 de 450 cv e espantosos 61,2 kgfm de torque. Tração integral quattro garante segurança e precisão de trajetória. Peso diminuiu em 60 kg. Acelera (mesmo) de 0 a 100 km/h em apenas 3,9 segundos.

+Volta da Ssangyong comprova: nenhuma marca esquece o mercado brasileiro, que foi o quarto maior do mundo. A sul-coreana (controlada pela indiana Mahindra) tem especialização em SUVs: Tivoli e XLV (compactos), Korando e Rexton e picape de cabine dupla Actyon Sports. Vendas, à exceção do Rexton, só no começo de 2018. Previstas 3.000 unidades/ano.

+Mercado de conserto rápido de pequenos amassados (até 50 cm) e de “martelinho”, a preços até 40% menores, tende a se expandir. A rede Disk Reparo, que também atende em domicílio sem queda de qualidade, foi adquirida pela Carglass, do grupo inglês Belron, e assim ganha fôlego. Estará em todas as capitais brasileiras, além das atuais em SP, RJ, MG, PR, RS e DF.