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Ford anuncia demissões nos Estados Unidos, mas não divulga os números

Ford Mustang Shelby GT500 2020 - Jonathan Ernst/Reuters
Ford Mustang Shelby GT500 2020
Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

David Shepardson

13/03/2019 15h19

Resumo da notícia

  • Porta-voz diz que espera que o processo seja concluído até o fim de junho
  • Ford está focada na reorganização de sua força de trabalho global
  • Fabricante anunciou recentemente o fim da fábrica em São Bernardo do Campo

(Reuters) - A Ford confirmou nesta quarta-feira que está cortando um número não especificado de empregos assalariados nos Estados Unidos como parte de uma reorganização global anunciada no ano passado e que incluiu um fechamento de fábrica no Brasil.

Said Deep, porta-voz da companhia, se recusou a dizer quantos empregos estão sendo cortados, mas disse que a empresa espera que o processo seja concluído até o fim de junho. Ele disse que a reestruturação "resultou em algumas separações de empregados assalariados e na realocação de outros".

A Ford informou no ano passado a reorganização de sua força de trabalho global, o que resultará em redução de pessoal, e isso vai variar de acordo com a equipe e o local.

No mês passado, a Ford disse que fechará sua fábrica mais antiga no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), deixando de produzir caminhões e veículos comerciais na América do Sul, uma medida que envolve mais de 2.700 empregos.

A Ford disse que a reorganização global envolverá milhares de empregos e possíveis fechamentos de fábricas na Europa e resultará em 11 bilhões de dólares em encargos.

Em janeiro, o presidente-executivo da Ford, Jim Hackett, disse aos funcionários que 2018 tinha sido "medíocre" e acrescentou que era "hora de enterrar o ano (2018) em um túmulo profundo, chorar o que poderia ter sido e se tornar super focado em atingir e exceder o plano deste ano".

As montadoras estão reduzindo custos em meio a temores de uma desaceleração nas vendas de automóveis.

A General Motors está suspendendo a produção em cinco fábricas na América do Norte e cortou cerca de 8 mil empregos, ou 15 por cento de sua força de trabalho administrativo.