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VW fará corte bilionário e aposta nos elétricos para estancar crise

e-up! e Golf GTE são alguns dos elétricos já oferecidos no mercado europeu - Johannes Eisele/AFP Photo
e-up! e Golf GTE são alguns dos elétricos já oferecidos no mercado europeu Imagem: Johannes Eisele/AFP Photo

<br>Andreas Cremer e Jan Schwartz

Em Berlim (Alemanha)

13/10/2015 10h37Atualizada em 13/10/2015 12h05

A Volkswagen anunciou, nesta terça-feira (13), um plano de corte de custos na casa de 1 bilhão de euros (R$ 4,25 bilhões) ao ano, apenas em relação à principal marca do grupo. O objetivo é ter fôlego financeiro para lidar com os prejuízos que o escândalo de manipulação em testes de emissão de poluentes em motores a diesel devem gerar.

Linha de montagem do Volkswagen Phaeton, na Alemanha - Jens Meyer/AP Photo - Jens Meyer/AP Photo
Fabricante vai acelerar lançamento de versão elétrica do sedã Phaeton
Imagem: Jens Meyer/AP Photo
Mais do que isso, companhia prometeu "adotar as mais novas tecnologias ambientais em veículos a diesel", além de ampliar o desenvolvimento de uma plataforma modular para veículos 100% elétricos. O primeiro modelo a sair dessa base será uma versão elétrica do sedã Phaeton.

Analistas preveem que o conglomerado terá que gastar até 35 bilhões de euros (quase R$ 150 bilhões) em despesas com o caso, entre multas regulatórias, indenizações judiciais, recalls e investimentos para readequar toda sua gama de veículos. Na Alemanha, por exemplo, uma consumidora já abriu processo pedindo o dinheiro de volta por ter comprado um veículo a diesel da marca.

Esta é a maior crise corporativa em 78 anos de história da Volkswagen. A própria montadora admitiu que 11 milhões de carros foram equipados com um software que burla os dados de emissão em testes oficiais. A fraude fez a fabricante perder cerca de um quarto de seu valor de mercado e forçou a demissão do presidente-executivo Michael Winterkorn.