Brasil quer manter cotas de importação de carros com México, dizem fontes
O Brasil vai propor ao México renegociar o acordo automotivo entre os dois países para manter quotas recíprocas de importação de veículos leves, em vez de retomar em março o sistema de livre comércio, como estava previsto, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
O Brasil convidou esta semana uma missão do governo mexicano para uma primeira reunião em Brasília entre os dias 20 e 25 deste mês para discutir o acordo automotivo, modificado em 2012 para a inclusão de cotas.
A fonte acrescentou que o Brasil estava analisando a possibilidade de propor ao México um acordo de livre comércio mais amplo para compensar o déficit gerado pelo comércio de veículos, mas ainda não tomou uma decisão final sobre isso.
Representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto. Porém, uma fonte do governo brasileiro afirmou que o Brasil teve em 2014 um déficit de US$ 1,2 bilhão (pouco mais de R$ 3,3 bilhões) com o México no comércio de veículos e autopeças.
RENEGOCIAÇÃO
O ministro da Economia do México, Ildefonso Guajardo, afirmou esta semana que se reuniria com representantes do governo brasileiro no final do mês para tratar do acordo, mas não precisou se o encontro seria no México ou no Brasil.
"O Brasil quer a renegociação do acordo para manter o sistema de cotas e não voltar agora ao livre comércio porque as condições não estão para isso", disse uma das fontes.
O Brasil registrou no ano passado seu primeiro déficit comercial em 14 anos, de US$ 4 bilhões (R$ 11 bilhões), em meio à queda dos preços das commodities.
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