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Renault global cresce em 2014, mas prevê ano ruim e retração no Brasil

Modelos Renault em exposição na Bélgica; Europa crescerá até 2% em 2015 - Geert Vanden Wijngaert/AP
Modelos Renault em exposição na Bélgica; Europa crescerá até 2% em 2015 Imagem: Geert Vanden Wijngaert/AP

Em Paris (França)

19/01/2015 07h34

A montadora francesa Renault disse nesta segunda-feira (19) que as vendas de carros de passeio e caminhões leves avançaram 3,2% em 2014, para 2.712.432 veículos, com as vendas das marcas Dacia e Renault na Europa ajudando a compensar uma queda na demanda em outros locais. No entanto, a previsão geral para alguns mercados em 2015 -- inclusive o Brasil -- é bastante negativa.

A Rússia pode ter uma queda de 20% a 25%; possivelmente o Brasil terá mais um ano negativo; e não há previsão de recuperação na Argentina, disse o diretor de vendas, Jérôme Stoll, referindo-se aos mercados locais como um todo, e não apenas à Renault. Para a França, a previsão é de estabilidade.

Os licenciamentos de veículos Renault na Europa subiram 12,5% em 2014 graças às fortes vendas dos modelos Clio e Captur, assim como à demanda pelos Dacia Sandero e Duster. Mas os licenciamentos fora da Europa recuaram 5,9%, com baixa de 10,7% nos volumes nas Américas e queda de 9,2% na África, Oriente Médio e Índia. Em 2015, a Renault espera que o mercado automtovo global registre modesto crescimento de 2% sobre 2014, com a Europa crescendo de 1% a 2%.

OTIMISMO CHINÊS
Na China, o grupo teve apenas 34.067 novos licenciamentos em 2014, enquanto a Renault prepara o lançamento de seus primeiros veículos fabricados localmente em 2016, um ano depois da criação de sua joint-venture com a Dongfeng (Dongfeng Renault Automotive Company).

O discurso da Renault para o país asiático é de otimismo total: estima que pode alcançar até 6% do mercado, segundo o presidente-executivo da companhia, Carlos Ghosn.

"Na China vamos ter um mínimo de 3% e muito provavelmente 6% do mercado", disse ele. "Isso é um monte de carros, e significa que você pode esperar um programa de investimentos maciço na China nos próximos anos", afirmou o executivo.