Topo

Executivo da Takata faz alerta sobre capacidade de consertar defeito fatal em airbags

<br>Eric Beech<br>Ben Klayman

Em Washington e Detroit (Estados Unidos)

21/11/2014 11h12

Um alto executivo da japonesa Takata disse a senadores dos Estados Unidos na quinta-feira que a fornecedora está tentando urgentemente acelerar a produção de peças de reposição para milhões de veículos equipados com airbags potencialmente fatais, mas afirmou que a companhia pode não ser capaz de agir rápido o bastante.

A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês), reguladora de segurança automotiva dos EUA, também alertou para os riscos da adoção de um recall em todo o país, como senadores vêm defendendo, dizendo que tal medida poderia desviar peças de substituição de regiões úmidas, onde os airbags têm maior risco de ruptura ao serem acionados, lançando pedaços de metal dentro de carros.

Ao menos cinco fatalidades foram ligadas aos defeitos até agora, a maioria nos EUA.

A audiência no Comitê de Comércio do Senado dos EUA expôs diversos pontos cegos de reguladores e da indústria automotiva sobre o escopo e a urgência do caso.

Cerca de 16 milhões de veículos com airbags da Takata foram convocados a recall no mundo todo, sendo que mais de 10 milhões estão nos EUA. No entanto, reguladores e a Takata, que fornece um em cada cinco airbags globalmente, ainda não identificaram o motivo pelo qual as peças oferecem risco.

O vice-presidente sênior da Takata para garantia de qualidade mundial, Hiroshi Shimizu, reconheceu que mesmo que a companhia acelere a produção de kits de substituição para além do ritmo atual de 300 mil por mês, este pode não ser um número suficiente. "Mesmo que aumentemos para 450 mil, talvez ainda não seja rápido o suficiente", disse ele.

Shimizu disse que a Takata acredita que as "raízes do problema" da ruptura dos sistemas de enchimento do airbag são uma combinação da idade do sistema de enchimento, exposição persistente à alta umidade e problemas na produção.