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Peugeot-Citroën compensa fraqueza com alta de vendas na China

Peugeot e Citroën investem pesado na China, direção apontada no Salão de Paris - Murilo Góes/UOL
Peugeot e Citroën investem pesado na China, direção apontada no Salão de Paris Imagem: Murilo Góes/UOL

<br>Laurence Frost<br>Gilles Guillaume

Em Paris (França)

22/10/2014 08h27

A fabricante francesa PSA Peugeot Citroën anunciou nesta quarta-feira (22) que sua receita cresceu 1,6% no terceiro trimestre, graças a um forte ganho nas vendas chinesas que ajudaram a compensar um avanço mais fraco que o esperado nos preços.

A Peugeot também elevou sua projeção de crescimento para o mercado automotivo europeu para entre 4% a 5% ante 3%, cortando ao mesmo tempo suas estimativas para importantes mercados emergentes.

A melhor projeção para a Europa deu um impulso inicial para as ações da companhia, embora analistas alertassem que a Peugeot ainda enfrenta um mercado difícil. O papel da Peugeot subia 0,75% a 9,42 euros, às 7h45 (horário de Brasília), ampliando a valorização desde o começo do ano para cerca de 36%.

A receita do grupo alcançou 12,3 bilhões de euros (US$ 15,64 bilhões) no período de julho a setembro.

No entanto, a receita na principal unidade de manufatura, que exclui a produção chinesa da Peugeot, caiu 0,8% para 7,97 bilhões de euros, uma vez que um esforço para melhorar os preços "compensou apenas parcialmente o volume negativo e os efeitos cambiais".

Quando combinada às receitas de vendas das joint-ventures da Peugeot com a Dongfeng Motor e a Changan Automobile, a receita automotiva cresceu 2,7 por cento.

O volume de vendas do grupo Peugeot subiu 5,4% para quase 644 mil veículos no trimestre, disse a companhia, confirmando estimativas publicadas na semana passada. Excluindo a China e o Sudeste Asiático, as vendas caíram 4,8% para 461 mil veículos.

A demanda automotiva na Rússia vai cair 15% neste ano em vez de 10% como projetado anteriormente, disse a Peugeot, e o mercado na América Latina deve ter contração de 10% - contração maior que os 7% que havia projetado em julho.