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Venda de veículos novos cai, mas carros e utilitários melhoram ante agosto

Alberto Alerigi Jr.

Em São Paulo (SP)

30/09/2014 16h26

O mercado de veículos brasileiro seguiu deprimido em setembro, com queda nas vendas na comparação anual, mas mostrando ligeira melhora sobre o fraco mês de agosto, segundo dados preliminares de emplacamentos obtidos nesta terça-feira (30). A venda de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em setembro, computada até a segunda-feira (29), somou cerca de 279 mil unidades, marca correspondente a aproximadamente 13,3 mil veículos novos emplacados por dia útil.

Isoladamente, as vendas de carros e comerciais leves em setembro, até segunda-feira, somaram 266,2 mil unidades, uma alta de 2,8% sobre agosto, mas queda de 4% no comparativo anual. Os emplacamentos de caminhões foram de cerca de 10,6 mil unidades ante cerca de 12 mil no mesmo período de 2013. Os licenciamentos de ônibus foram de 2,3 mil unidades, ante 2,8 mil na comparação anual.

Mantido o ritmo de vendas nesta terça, o mês deve fechar com licenciamentos de 292,3 mil veículos novos, 5,7% abaixo de setembro de 2013. Com isso, o volume vendido no acumulado do ano até este mês pode somar 2,52 milhões de unidades, queda de 9% no comparativo anual -- resultado bem pior que a estimativa inicial de recuo, de 5,4%, esperada pela associação das fabricantes (Anfavea).

O setor automotivo encerrou agosto com estoque de 385,7 mil veículos e queda de 5,5% no nível de emprego sobre um ano antes. Essa indústria, que empregava em agosto 148,9 mil funcionários, tenta ajustar sua produção desde pelo menos o início do ano, diante da queda do mercado interno e fraqueza da Argentina, principal destino das exportações do setor.

Medidas como suspensão de contratos de trabalho e férias coletivas têm sido adotadas há meses pelo setor, que tem sido beneficiado pelo governo federal por redução de carga tributária e evitado comentar sobre eventuais demissões em massa em ano eleitoral.