Engenheiro da GM diz que esqueceu de alterar ignição defeituosa de carros
Um engenheiro suspenso da General Motors, que trabalhou no projeto de miolos de ignição agora afetados pelo recall gigantesco, disse em depoimento do ano passado a encarregados da investigação no Congresso norte-americano que esqueceu de ter ordenado uma mudança no mecanismo da ignição, segundo o jornal "The New York Times".
Citando pessoas que participaram da sessão no Congresso, o Times aponta que Ray DeGiorgio teria omitido informações dos encarregados pelo inquérito, sugerindo que a presidente-executiva Mary Barra sabia sobre a ignição defeituosa antes de assumir o comando da companhia.
Em seu depoimento a deputados e senadores, em abril, Barra pediu desculpas publicamente pelo caso, mas afirmou não tinha conhecimento da falha antes de assumir o cargo, em janeiro. Recentemente, a montadora foi multada em US$ 35 milhões por ter adiado a convocação dos modelos defeituosos em mais de dez anos.
Em outro depoimento no ano passado, em um processo relacionado a um acidente fatal em 2010, na Geórgia, DeGiorgio negou que sabia sobre a mudança. O New York Times relatou que ele disse recentemente aos encarregados pelo inquérito que, no momento do depoimento, ele havia esquecido sobre a mudança, pois ela fazia parte de um pacote de mudanças.
Engenheiro-chefe, DeGiorgio foi suspenso pela GM no dia 10 de abril. Ele projetou o sistema de ignição para o Saturn Ion de 2003 e outros modelos, incluindo o Chevrolet Cobalt. Todos foram chamados no recall que afetou quase 3 milhões de carros. A GM ligou 13 mortes a acidentes relacionados à chave de ignição.
A chave de ignição defeituosa foi reprojetada em 2006 sem uma mudança no número da peça, o que mais tarde confundiu encarregados pelo inquérito que averiguavam os acidentes dos carros agora chamados para recall. Os encarregados apresentaram um documento interno da GM mostrando que DeGiorgio havia autorizado a mudança em abril de 2006.
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