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Procuradoria de Tóquio pedirá prorrogação da prisão provisória de Ghosn

Carlos Ghosn, ex-chefão da Renault-Nissan-Mitsubishi, em foto de arquivo - Shizuo Kambayashi/AP
Carlos Ghosn, ex-chefão da Renault-Nissan-Mitsubishi, em foto de arquivo Imagem: Shizuo Kambayashi/AP

Da EFE

Em Tóquio (Japão)

29/11/2018 14h28

Carlos Ghosn está preso há dez dias no Japão, acusado de fraude fiscal

A Procuradoria de Tóquio vai pedir que seja prorrogado o período de detenção provisória do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, que vence no sábado, informaram nesta quinta-feira (29) à agência local "Kyodo" fontes que conhecem o caso.

Ghosn, de 64 anos, foi detido em Tóquio no último dia 19 acusado de ter ocultado das autoridades parte da renda que ele tinha recebido e que receberia futuramente da Nissan.

O período de detenção provisória, inicialmente de 48 horas, foi ampliado até 30 de novembro e, de acordo com as fontes consultadas pela "Kyodo", a Procuradoria tem a intenção de pedir ao juiz que seja estendido por mais dez dias.

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A Procuradoria pode solicitar esse período adicional de detenção enquanto continuam as investigações, e não poderá pedir outra prorrogação. Uma vez completado o prazo adicional, o órgão terá que decidir se acusa formalmente ao ex-presidente da Nissan.

Ghosn é acusado de não declarar 5 bilhões de ienes (cerca de R$ 170 milhões) que supostamente recebeu entre 2011 e 2014.

Boa parte desse dinheiro é referente a quantias que o empresário receberia quando deixasse de ser presidente da Nissan, verbas que, segundo alguns analistas jurídicos, deveriam ter sido declaradas.

Na quinta-feira passada, Ghosn foi afastado de suas funções na Nissan e na última segunda-feira também foi substituído na presidência da Mitsubishi, outra fabricante de automóveis controlada pela Nissan e que também era dirigida pelo empresário.