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Volkswagen T-Cross brasileiro é revelado, mas só chega no meio de 2019

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Vitor Matsubara, Leonardo Felix, Murilo Góes

Do UOL, em São Paulo (SP)

25/10/2018 16h21Atualizada em 30/10/2018 14h05

SUV foi mostrado simultaneamente em São Paulo, Amsterdã (Holanda) e Xangai (China); outros mercados receberão antes

A Volkswagen do Brasil finalmente encerrou o mistério, apresentando o T-Cross que será fabricado no Brasil. Além do nosso país, o primeiro SUV compacto da história da marca foi mostrado também na Holanda e na China.

Falando de Brasil: o modelo estará à disposição dos olhares do público no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. Mas a chegada às lojas demora: produção começa no início de 2019 em São José dos Pinhais (PR), com lançamento comercial agendado apenas para o primeiro semestre do ano que vem -- haverá nova apresentação promocional no final de abril.

O modelo é feito sobre a plataforma MQB A0 empregada em Polo e Virtus. A distância entre-eixos do brasileiro é de 2,65 metros -- a mesma do Virtus.

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Demorou, mas virou movimento sólido

Juergen Stackmann, membro do conselho e diretor de vendas e marketing da VW, ressaltou a importância do segmento de SUVs para a marca.

"Estamos investindo na ofensiva de SUVs, estratégia fundamental para o crescimento da Volkswagen no mundo. Nossos SUVs tiveram uma alta de 43,2% e o modelo mais bem-sucedido da nossa marca é o Tiguan, e não é difícil prever que ele será nosso carro mais vendido no mundo dentro de alguns anos. Agora celebramos o lançamento do T-Cross, que foi desenvolvido especialmente para as necessidades do mercado sul-americano", afirmou.

O CEO da Volkswagen América do Sul e Brasil, Pablo Di Si, endossou o discurso de Stackmann.

"Acreditamos que dentro de alguns anos três em cada dez carros vendidos no Brasil serão SUVs. É por isso que teremos cinco novos SUVs no país até 2020", declarou.

Feito para a América do Sul

Algumas mudanças foram realizadas no projeto original para se adequar às necessidades do mercado brasileiro e sul-americano. Além do maior espaço na cabine, T-Cross a ser feito no Paraná será 9 mm mais alto que o europeu. Capacidade do porta-malas varia de 373 a 420 litros graças ao banco traseiro com dois ajustes de angulação para o encosto lombar.

No interior, T-Cross nacional vai oferecer itens de conforto que o europeu não tem -- o SUV de lá aposta mais no visual arrojado, incluindo volante mais esportivo e reprodução das cores da carroceria nos painéis. Para o Brasil, haverá teto solar e também opção de pintura bicolor (teto só preto) (no europeu, teto branco ou preto e nada de teto solar); no banco traseiro, saídas de ar e USB para passageiros daquela região (nada disso existe no carro europeu).

"O T-Cross é um modelo global, mas nossas clínicas mostraram que os clientes queriam um carro maior e com design mais arrojado", revelou Di Si.

José Carlos Pavone, chefe de design da VW para o Brasil, ressalta ainda algumas diferenças em relação ao modelo europeu -- o projeto global do T-Cross é de outro brasileiro, Arnaldo Cruzeiro. "A inscrição 'T-Cross' surge em baixo relevo em uma régua prateada na parte inferior do para-choque [como na picape Saveiro Cross]. Atrás, o desenho do para-choque tem a parte inferior pintada na cor preta. Por dentro, o volante é o mesmo dos outros modelos da marca no país", apontou.

A lista de equipamentos do T-Cross brasileiro inclui itens como Park Assist 3.0, painel digital, sensor de fadiga, central multimídia de oito polegadas com suporte a Android Auto e Apple CarPlay, sistema de som Beats, teto solar panorâmico e seletor de modos de condução, sendo que boa parte desses itens está previsto para a versão topo de gama. De fábrica, contará ainda com controles de estabilidade e tração e freios a disco nas quatro rodas em todas as configurações, carroceria reforçada por aços de alta e ultraso alta resistência, seis airbags, detector de fadiga, monitoramento de pressão dos pneus, frenagem automática pós-colisão, além de assistente de estacionamento que ajuda a entrar em vagas paralelas ou perpendiculares, e a sair de vagas paralelas. Também trará cintos com pré-tensionadores e ganchos para fixação de cadeirinhas infantis na fileira traseira.

Motores estão confirmados: 200 TSI (1.0, 128 cv máximos, 20,4 kgfm ) e 250 TSI (1.4, 150 cv máximos, e 25,5 kgfm) no Brasil. Tração será sempre dianteira e oferta de câmbios segue padrão de Polo e Virtus, com automático de seis marchas nas versões de topo de gama. 

Preços ainda serão revelados, mas se seguirem a atual estratégia da marca -- de realizar um escalonamento mais racional das linhas -- devem ocupar a lacuna entre R$ 89.000 e R$ 109.000.