Topo

Renault Kwid vira carro elétrico "popular" e chega ao Brasil até 2022

Ricardo Ribeiro

Colaboração para o UOL, de Paris (França)

01/10/2018 15h49

Compacto global foi exibido na véspera do Salão de Paris e estreia na China no ano que vem

A Renault apresentou nesta segunda-feira (1º), em Paris seu primeiro carro de entrada 100% elétrico. O K-ZE surge como um conceito, mas, segundo o chefão da marca, Carlos Ghosn, a versão definitiva será muito semelhante, acessível e global, inclusive para mercados em desenvolvimento. Ou seja, a gente já pode chamá-lo de Kwid elétrico.

Veja mais

+ Renault Arkana surge na Rússia e virá para o Brasil
+ Quer negociar hatches, sedãs e SUVs? Use a Tabela Fipe
+ Inscreva-se no canal de UOL Carros no Youtube
+ Instagram oficial de UOL Carros
+ Siga UOL Carros no Twitter

"A China é o mercado de elétricos que mais cresce e não há como competir lá neste momento. Os modelos chegam muito caros. Há Japão, EUA e Europa, mas a China é outro mercado. Com esse bebê, nos vamos ser capazes de competir", explica Ghosn, que espera vender 550 mil carros elétricos no país em 2022. Durante este período, a Renault deve lançar nove modelos inéditos, sendo três deles elétricos.

Elétrico e global

O K-ZE será inicialmente fabricado na China, onde estreia no ano que vem para depois ganhar o mundo em um futuro próximo.

"Será global em três anos. É uma plataforma global, um modelo que será acessível, que pode entrar em qualquer mercado, na Europa, em mercados em desenvolvimento", promete o executivo.

Não é só no tamanho que ele é semelhante ao Kwid. O visual, salvo os elementos tipicamente descolados de conceito, também lembra bastante o popular. A autonomia prometida é de 250 km com uma carga.

"Divertido de dirigir e fácil de carregar. É um modelo urbano, com inspiração em SUVs", afirmou Ghosn.

O desenvolvimento foi feito na França, em cooperação com a joint venture da Renault na China. "mantendo os padrões internacionais de engenharia e fabricação" do grupo, segundo Ghosn. Competitividade e a promessa de qualidade, ambos efeitos colaterais de mirar o lucrativo mercado chinês, foram um mantra da apresentação.

"Juntamos o melhor da Renault, a experiência em elétricos, a experiência em carros acessíveis e a experiência em capacidade produtiva", ressaltou.

Resta saber realmente com que preço vai chegar por aqui. Especificamente para o Brasil, a montadora afirma que será preciso avaliar como caminhará o programa "Rota 2030" e seus incentivos (ainda fracos) para elétricos.