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Saiba o que vai mudar na Frontier argentina, que chega ao Brasil neste ano

Marca diz que Frontier mexicana tem problemas de qualidade e isolamento acústico - Murilo Góes/UOL
Marca diz que Frontier mexicana tem problemas de qualidade e isolamento acústico
Imagem: Murilo Góes/UOL

Vitor Matsubara

Do UOL, em São Paulo (SP)

04/07/2018 04h00

Picape será quase toda refeita antes de ser fabricada em Córdoba

A Nissan já anunciou o início da produção da Frontier na Argentina. Trata-se de um passo importante para os planos da aliança Renault-Nissan, já que da fábrica de Córdoba sairão todas as unidades de Frontier, Renault Alaskan e Mercedes-Benz Classe X para abastecer o mercado latino americano -- inclusive o Brasil.

Porém, antes de seu lançamento comercial (que acontecerá ainda neste ano, segundo fontes ligadas à Nissan consultadas por UOL Carros), a marca vai fazer uma série de modificações em relação ao projeto original.

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De acordo com a fabricante, um time de 120 profissionais (entre engenheiros, técnicos e pilotos) de Brasil, Argentina, Espanha, Estados Unidos, Japão e México participaram do programa de avaliação da picape mexicana.

Foram realizados “mais de 90 testes e validações dinâmicas e estáticas” até chegarem no resultado final, assegurando que a “Frontier argentina atenda às necessidades reveladas durante os estudos”.

O que muda?

A Nissan fala em “revisar a aparência geral da carroceria, incluindo pintura, faróis e lanternas, interior e qualidade de acabamento geral”.

Na prática, a picape feita na Argentina deve trazer um novo design, acabamento mais esmerado, mais itens de série e talvez até uma inédita versão topo de linha para concorrer com Hilux, Amarok e outras rivais.

A dirigibilidade também deve ser aprimorada. A fabricante promete “examinar a suspensão, direção, aceleração, estabilidade, sistema de frenagem e iluminação”.

Silêncio, por favor

Uma das maiores deficiências da Frontier é o isolamento acústico, transmitindo ruído excessivo para dentro da cabine. Ciente deste problema, a Nissan vai avaliar barulhos do vento e do motor para “aprimorar o conforto a bordo”.

Por fim, para encarar a variação climática de países tropicais (algo que não acontece no México), os argentinos vão “avaliar o funcionamento dos sistemas de refrigeração e ar condicionado”, “avaliar os níveis de ruído e vibrações (...) sob temperaturas que variem de -30ºC até 50ºC” e “validar a vedação da cabine sob condições de chuva”.

Ou seja, a Frontier argentina que estará nas nossas ruas em 2019 será praticamente outra picape em relação àquela que conhecemos hoje.