GM aposta em carros que rodam no Brasil e na Argentina com mesmo motor
Spin será primeiro modelo com motor unificado para o Mercosul
Além de ser o próximo lançamento da Chevrolet (uma das 30 novidades previstas pela marca até 2022), a nova Spin será o primeiro modelo brasileiro apto a rodar com gasolina brasileira e argentina. E se depender de Carlos Zarlenga, presidente da General Motors Mercosul, essa tecnologia será estendida aos futuros modelos da marca.
"Estamos impulsionando a unificação das normas no Mercosul, até porque vemos isso como requisito para melhorar nossa competitividade, além de ajudar na produção e exportação", declarou o executivo.
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Otimista com um desfecho positivo para a empresa, Zarlenga disse que o presidente da Argentina está trabalhando em conjunto com as associações de fabricantes de Brasil e Argentina para chegar a um consenso rapidamente.
"Estamos apenas discutindo a padronização das normas de emissões, permitindo que um carro feito na Argentina possa ser vendido no Brasil e vice-versa. Diria que o presidente (Mauricio) Macri já falou sobre a importância disso, e o governo daqui nos apoia, assim como a Anfavea, Adefa (associação das fabricantes argentinas) e demais montadoras. Nossa ideia é que os próximos lançamentos sejam unificados para o Mercosul, e, se isso não acontecer em breve, será para um futuro próximo", garantiu.
Velho conhecido
Além de facilitar a comercialização dos veículos em diversos mercados, a venda de veículos com motores unificados para países do Mercosul representa maior economia de custos e possibilidade de aumento na demanda, principalmente no país vizinho.
Motor será o veterano 1.8 SPE/4 Eco (antigamente chamado de EconoFlex), mas sua central eletrônica agora estará apta a funcionar com qualquer gasolina ou mistura de gasolina e etanol oficiais, seja no Brasil ou em outro país do Mercosul, notadamente a Argentina, destino prioritário em termos de exportação.
Assim, haverá calibração automática para receber tanto E10 (padrão argentino de gasolina, com 10% de etanol) quanto E27 (padrão brasileiro, com adição de 27% de etanol), além do etanol E95 (etanol hidratado).
Potência deve ser mantida próxima aos atuais 106/111 cv para o mercado brasileiro (gasolina/etanol), sendo 16,8/17,7 kgfm de torque. Na Argentina, onde o teor maior de gasolina reduz índices de desempenho, dados são de 105 cv e 16,4 kgfm.
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