Novo Mercedes-Benz Classe A chega ao Brasil em dois "sabores": hatch e sedã
Hatch estará no Salão de SP, em novembro; sedã vem em 2019, restando saber se será brasileiro ou mexicano
Dois eventos em continentes diferentes revelam detalhes da nova geração do médio Mercedes-Benz Classe A. Na Europa, o Classe A Hatchback é apresentado à imprensa automotiva em test-drive feito na cidade de Split (Croácia); na Ásia, o inédito Classe A Sedan é astro da marca para o Salão de Pequim (China), onde está sendo revelado na configuração com entre-eixos longo. Ambos estão confirmados para o Brasil e chegam no intervalo que vai de seis meses a um ano.
UOL Carros participa do teste europeu neste momento e pode adiantar que o A 250 Hatchback (versão de topo, equipada com novo motor 2.0 turbo, 227 cavalos, câmbio automatizado de sete marchas 7G-DCT) será uma das atrações da marca no Salão de São Paulo (junto com a picape Classe X), no começo de novembro, chegando às lojas neste mesmo período.
Já o A 200 Hatchback (de entrada, agora com motor 1.4 turbo de 165 cv, também com o 7G-DCT -- o câmbio manual de seis marchas não deve ser comercializado no país) chega no primeiro trimestre de 2019.
Mas e o A Sedan? Esse ainda vai levar um tempo: neste momento, o carro longo (2,79 metros de espaço entre-eixos) é apresentado ao mercado chinês; a versão curta (2,73 m) será vendida no resto do mundo a partir do segundo semestre deste ano, mas deve chegar ao Brasil apenas no segundo semestre de 2019. A demora se deve à decisão a ser tomada: fabricação local (Iracemápolis-SP) ou no México (Aguascalientes, na fábrica da Nissan)? De uma forma ou outra, o sedã terá 420 litros no porta-malas curto (a Mercedes chama o carro internamente de "notchback").
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Preste atenção: é uma nova família
Esqueça o que você sabe da atual família de compactos-médios da Mercedes-Benz. Chamada internamente de "Nova Família de Carros Compactos", foi composta por Classe A, Classe B, GLA e CLA (cupê de quatro portas e perua), serviu para rejuvenescer o comprador da marca em mercados como Estados Unidos e mercados europeus que não o da Alemanha. Mas não foi tão bem sucedida em mercados secundários, como o brasileiro, por exemplo. Aqui, o GLA se provou um bom produto, mas Classe A e CLA nunca fizeram frente ao Audi A3, por exemplo.
Com a nova família, construída sobre a plataforma MFA2, a ideia é mudar totalmente essa relação: ir bem na Europa, claro, mas mirar totalmente na China e, de quebra, ser mais competitiva em mercados emergentes, como o da América Latina, incluindo Brasil. Assim, a marca continua vendo A3 e também BMW Série 1 como grandes rivais, mas afirma que o "salto" do novo Classe A o vai diferenciar muito dos concorrentes.
Por enquanto, temos sete modelos nesta nova linha: novos Classe A (hatch), Classe A Sedan (três-volumes global), Classe A L Sedan (três-volumes de entre-eixos longo para a China), novo Classe B (familiar), novo GLA (SUV compacto), novo CLA (cupê) e CLA Shooting Brake (perua). Resta um produto, que pode ser um modelo esportivo, inclusive com variante conversível.
Rastatt (Alemanha) e Valmet (Finlândia) vão entregar o Classe A; Kecskemét (Hungria), que já era responsável pelo CLA e pelo Classe B, vai entregar ainda A Sedan, e GLA para Europa; fábrica da BAIC em aliança com a Daimler, na China, vai entregar o A Sedan longo; resta a definição para o que será feito em Aguascalientes, no México, quadro que deve ser montado até o final deste ano e que, esperamos, definirá também a entrega de Iracemápolis, no interior de São Paulo.
Como é o novo Classe A
Promessa da Mercedes-Benz é fazer do Classe A um micro-classe S, em termos de segurança e tecnologia. O visual é herdado do atual CLS e faz parte da "escola" chamada pela Mercedes-Benz de "Pureza Sensual" ("Sensual Purity"): conjunto óptico frontal mais angular, grade frontal côncava (e que tem elementos móveis para aprimorar aerodinâmica), lateral com vincos na base da carroceria e traseira mais limpa e com lanternas semi-arredondadas.
Não é um design tão inovador quando o da geração anterior do Classe A, já considerado um dos carros mais bonitos da indústria atual, mas tem presença para o cotidiano. No interior, esqueça aquele "tablete mal encaixado", como muitos classificavam a tela central montada sobre o dashboard. O novo Classe A traz o sistema MBUX, como tela de instrumentos e painel central totalmente digitais e quase unificados, comandados por toques em superfícies sensíveis ou pela voz (nas versões mais completas e caras). Volante também é novo e parecido com o dos sedãs mais caros, enquanto a cabine é ambientada por LEDs que permitem fazer 64 diferentes combinações de iluminação.
No caso do hatch, o entre-eixos é de praticamente 2,73 metros, crescimento de 3 centímetros. Já o porta-malas é de 370 litros.
Para o sedã, pegue a versão chinesa (4,60 m de comprimento, 1,79 m de largura e 2,79 m de entre-eixos) e tire 6 cm. Assim, o A Sedan global (incluindo Brasil) terá 4,54 m de comprimento, com os mesmos 2,73 m de entre-eixos do hatch. Rodas variam de 16 a 19 polegadas de aro.
Haverá uma ampliação da capacidade do sistema de câmeras e radares atual, com equipamento que enxerga até 500 metros de pista à frente, sistema de alerta de ponto cego estendido, que também reconhece bicicletas e pedestres e até função que permite o "car-sharing" (compartilhamento) do Classe A, tudo gerenciado por aplicativos. Todas as funções inovadoras, porém, serão vendidas em pacotes de opcionais.
Na Europa, o hatch custa de 30.200 a 31.400 euros (na conversão, de R$ 128.300 a R$ 133.350), sem incluir os tais opcionais. Para o Brasil, estimamos que os preços devam saltar do intervalo atual de R$ 156 mil a R$ 210 mil para algo entre R$ 160 mil e R$ 230 mil. O sedã ainda não tem valores definidos para qualquer mercado.
* Viagem à Croácia a convite da Mercedes-Benz do Brasil
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