Ford Fiesta muda para peitar VW Polo e Fiat Argo; consegue? Assista
Dois novos (e fortes) hatches compactos premium foram lançados este ano (Fiat Argo e Volkswagen Polo) e a Ford não poderia ficar para trás: era preciso se mexer e promover alterações no Fiesta, seu representante desta categoria -- e um dos precursores deste segmento, diga-se.
Embora tenha uma geração completamente nova na Europa, a marca preferiu fazer mudanças no carro produzido por aqui. Em resumo, modelo recebeu basicamente uma leve atualização visual e reorganização na gama de versões, reduzindo, inclusive, o número de configurações capazes de receber o consagrado (na Europa) motor 1.0 EcoBoost.
Clique aqui para ver o catálogo, preços e detalhes técnicos do modelo.
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Isso é suficiente?
Sabemos é que o Fiesta sempre foi um modelo reconhecido pelo bom recheio de equipamentos e por preços atraentes, que condizem com o que ele oferece na comparação com o que é disponibilizado pelos rivais. Mas também é fato que ele nunca vendeu tão bem quanto a Ford gostaria -- e um dos motivos para isso pode ser a própria rede limitada de concessionárias da marca, três vezes menor que da Fiat ou da Volks.
Em 2017 essa sina se manteve e os números não mentem: até mesmo o Argo, lançado entre maio e junho com expectativa de vendas muito maior que a realidade, já ultrapassou o Fiesta no acumulado do ano -- segundo dados da Fenabrave, o carro da Fiat emplacou 22.336 unidades, contra 17.380 licenciamentos do veículo da Ford.
Essa mexida será capaz de colocá-lo no patamar dos novos "players"?
Prós...
Por não possuir uma versão "pelada" de entrada com Polo e Argo, que começam suas gamas com valores menores de R$ 50 mil, o Fiesta já começa a briga no patamar do meio, com preço inicial de R$ 56.690 -- não que isso seja ruim, afinal o Ka faz a função de modelo de entrada até esse valor.
A versão avaliada, a mais cara da linha (R$ 75.190), utilizava o motor 1.6 Sigma TiVCT de aspiração natural, com duplo comando de válvulas, 128/125 cv e 16/15,8 kgfm de torque (etanol/gasolina), que rendeu interessantes números de consumo: 11,5 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada, ambos com gasolina (o Inmetro divulga 11,2 e 14,9 km/l, respectivamente).
Ponto positivo também para o formato do "cockpit": nem Polo nem Argo, por mais modernos que sejam, conseguem proporcionar posição mais agradável que a do Fiesta: banco na posição mais baixa e ótima empunhadura do volante seguem sendo diferenciais do modelo da Ford.
Elogios ao sistema de entrenimento Sync de terceira geração, disponível a partir da versão SE Plus A/T (antes dela o multimídia oferecido é o Sync 1). Sync 3 oferece wi-fi, possibilidade de conexão com celular via CarPlay ou AndroidAuto e interação superfácil com o motorista, além de ótima associação com comandos de voz.
... e contras
Já a caixa de câmbio é um ponto a se ter atenção: trata-se do mesmo Powershift de sempre, sistema automatizado de dupla embreagem e seis marchas, que recebeu diversas reclamações ao longo dos últimos anos -- chegando, inclusive, a fazer com que a Ford aumentasse o tempo de garantia do componente.
A fabricante diz que o recalibrou e não usa mais o termo "Powershift" -- prefere chamá-lo de "automático sequencial". Perceptível a melhora, mas é sempre bom lembrar que o EcoSport foi renovado recentemente e ganhou o bom sistema de câmbio automático do Fusion... e que o Fiesta é produzido sobre a mesma plataforma que o SUV, ou seja, não houve a mesma boa vontade da marca com o hatch compacto (que vende muito menos que o SUV...).
Além disso, vale ressaltar que ele é menor que o Ka (o entre-eixos dos dois é o mesmo), já que o desenho do "irmão" mais novo favorece o espaço para a cabeça dos ocupantes traseiros, enquanto o do Fiesta opta pelo máximo de conforto de quem vai à frente (até pelo desenho da carroceria, mais acupezada). Na prática, desfavorecer quem vai no banco de trás pode ser um diferencial, já que Polo e Argo trouxeram proposta de maior espaço aos ocupantes para esse tipo de segmento.
E essa cara?
Deixamos para o final a discussão sobre o visual. A Ford diz ter se inspirado no Ford GT para atualizar o desenho do carro, mas ao mesmo tempo admite que usa traços do Fiesta ST europeu no facelift.
Muitos comentários feitos por leitores de UOL Carros, aqui em nossa página e em nosso canal do Youtube, defendem que o desenho anterior era mais bacana e harmônico, pela linha de design mais "clean", com menos curvas e traços mais simples.
Na opinião da reportagem, a grade frontal com pontilhismo cromado no lugar de frisos é maneira, mas a base do para-choque ficou exagerada -- e, de fato, era mais legal no modelo anterior. Na traseira, a Ford mexeu onde não devia e tirou a graça da lanterna -- que agora, nas versões de topo, tem quatro frisos brancos no interior totalmente sem sentido.
Conclusão
Para quem curte uma tocada com uma pegada mais esportiva, o Fiesta é um dos carros mais legais do segmento. A posição de dirigir (banco com ajuste de altura lá embaixo aliado à boa pegada ao volante) é um dos diferenciais do carro, assim como o Sync 3, e isso é atraente a ponto de definir a compra.
Espaço traseiro limitado, porta-malas acanhado e desenho controverso jogam contra -- afinal, cá entre nós, quem compra carro novo curte o fator "novidade", e o Fiesta além de ter ficado mais "diferentão", tem chamado pouquíssima atenção por onde passa. Quer saber mais? Assista à vídeo-reportagem no topo desta página. Depois, diga o que achou no campo de comentários.
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