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Honda Fit Personal é versão pensada para PCD; modelo pode custar R$ 52.480

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Do UOL, em São Paulo (SP)

04/10/2017 16h27

A Honda lançou no mês passado a linha 2018 do Fit, que traz uma versão inédita, chamada Personal, pensada para atender clientes PCD (pessoas com deficiência). O preço é de R$ 68,7 mil, abaixo do teto de R$ 70 mil imposto pelo governo para compra de carros com isenção total de ICMS, IPI e outros tributos previstos para esse público.

Essa versão pode ser adquirida por R$ 52.479,81 no estado de São Paulo -- valor menor que o do Fit DX, de entrada, que custa R$ 58.700 e vem com câmbio manual, mas tem de série dois itens ausentes no Personal: rodas de liga leve aro 15 e sistema de som "double din" com dois alto-falantes. A nova versão vem com rodas de aço estampado (do mesmo diâmetro) e preparação de som (mas com quatro falantes).

O Personal compensa oferecendo o famoso sistema Ultra de rebatimento de bancos traseiros, computador de bordo, repetidor de seta integrado aos retrovisores e volante multifuncional com controlador de velocidade (piloto automático). Além disso, a Honda bolou uma maneira de deixá-lo mais equipado mantendo as isenções de impostos, vendendo um pacote de R$ 5.233,45 como acessório deconcessionária -- ele agrega as rodas de liga leve e central multimídia com tela tátil de cinco polegadas.

Com o chamado kit de "personalização", o Fit Personal sai por R$ 57.713,26, valor ainda abaixo do preço da configuração DX e quase R$ 10 mil menor que o valor "cheio".

Honda Fit Personal é focado em vendas para PCD - Divulgação - Divulgação
Honda Fit Personal é focado em vendas para PCD e custa a partir R$ 52.479,81; sim, ele vem com rodas de aço
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Para todos

O detalhe é que a versão Personal também pode ser comprada por pessoas sem deficiência, pelo valor integral de R$ 68,7 mil, como opção de câmbio CVT mais em conta. Para os clientes que fazem questão de gastar o menos possível, representa uma economia de R$ 1,4 mil na comparação com o Fit LX, de R$ 70,1 mil.

No entanto, na ponta do lápis, a novidade não é uma alternativa tão atraente sem as isenções fiscais. Ao deixar de gastar a grana citada no Fit LX, você também deixa de levar itens de série que valem bem mais que os R$ 1,4 mil: rodas de liga leve, som "double din", faróis de neblina, alarme e espelho de cortesia para o passageiro -- vale dizer também que a partir desta versão o acabamento interno passa a contar com detalhes na cor prata.

Ao instalar o pacote de acessórios, a história é a mesma: o preço do Personal vai a R$ 73.933,45, ou R$ 3.833,45 a mais que a configuração LX, agregando somente a central multimídia e a câmera de ré, além de oferecer acabamento interno mais simples.

O preço do Personal "personalizado" (com o perdão do trocadilho) já fica bem próximo do valor cobrado pelo Fit EX, que custa R$ 75,6 mil. Só que pagando uma diferença de R$ 1.966,55, dá para colocar na garagem a versão mais completa, que traz como vantagens rodas de 16 polegadas, luzes de posição de LEDs, quatro airbags (dianteiros e laterais), ar-condicionado digital com função automática, apoio de braço dianteiro, borboletas atrás do volante para troca de marchas, espelho de cortesia e vidro elétrico com função one touch para o passageiro da frente e os já citados detalhes internos na cor prata.

Isso deixa claro que o Fit Personal só é interessante para compradores PCD, que normalmente fazem questão do câmbio automático (CVT no caso do Fit) pelo menor preço possível. A estratégia de posicionamento da nova versão não foi por acaso.

Recentemente, as rivais Toyota e Hyundai tiveram de suspender temporariamente as vendas das versões PCD do Corolla e do Creta por conta da alta demanda -- e engrossada por clientes não deficientes, seduzidos pelos preços bem mais em conta.

Surtirá efeito com o Fit?