GM nacionaliza motor turbo do Cruze para desbancar Civic e equipar novo SUV
A General Motors anunciou que a linha 2018 dos médios Chevrolet Cruze (o sedã) e Cruze Sport6 (o hatchback) usará motor 1.4 turboflex (injeção direta, 153 cavalos e 25 kgfm com etanol) fabricado em Rosário (Argentina), mesma unidade onde está a linha de montagem de ambos. Além disso, a produção pode passar também para o território brasileiro até 2020, dentro do plano de expansão de tecnologia da marca. Atualmente, o trem-de-força vem pronto dos EUA.
Por que isso é tão importante? Porque, segundo a empresa, marca um momento de "consolidação do mercado": traduzindo o jargão, a GM espera reduzir custos, ampliar a capacidade de produção e com isso ameaçar e até tomar a segunda posição do segmento de sedãs médios do Honda Civic. No caso dos hatches médios, a meta é ampliar mais a liderança do Cruze Sport6 sobre Volkswagen Golf e Ford Focus.
De acordo com dados oficias de emplacamento, o Toyota Corolla entregou 35.437 unidades (41,4% do mercado), seguido por Civic (16.353) e Cruze (10.685). A diferença entre segundo e terceiro colocados ainda é grande, mas a GM já vendeu mais sedãs que a Honda em momentos pontuais, como no mês de julho.
Da parte da Honda, há um gargalo de produção: contando apenas com a fábrica de Sumaré/SP (a unidade de Itirapina/SP chegue fechada, aguardando a "retomada do bom momento econômico"), a marca japonesa precisa dividir sua linha entre todos os modelos -- Fit, City, WR-V, HR-V e Civic --, dando prioridade sempre aos carros mais novos (agora, a vez é de WR-V e Fit 2018, que já está em produção).
Fontes ligadas à GM e ouvidas por UOL Carros apontam, porém, que o panorama é ainda mais favorável à marca americana, já que "o consumidor estaria percebendo que pode ter mais tecnologia nas diferentes versões do Cruze do que aquele encontrada no [carro] adversário".
Considerando os hatches, Cruze Sport6 entregou 3.900 unidades este ano, contra 2.700 de Golf e 2.500 do Focus.
Além dos motores localizados, a linha Cruze 2018 também estreia dois novos equipamentos como itens de série em todas as versões na linha 2018: ajuste de altura dos faróis e repetidores de seta em todas as versões.
GM também mira futuro
Além de pensar no mercado imediato, a GM também vai usar a tecnologia de motor turbo na próxima família de compactos, por isso é vantajoso desenvolvê-lo aqui.
Nas últimas semanas a montadora anunciou investimentos bilionários nas fábricas brasileiras de Gravataí (RS), São Caetano do Sul (SP) e Joinville (SC), que servirão para a criação de uma nova plataforma modular (de onde serão derivados pelo menos seis produtos), além de... novos propulsores.
Assim, o 1.4 turboflex poderá equipar modelos de maior porte da nova família: o SUV que entrará no lugar do Tracker, o sedã compacto-médio que substituirá o Cobalt, a picape sucessora da Montana e o provável utilitário que ocupará o espaço da Spin.
Mesmo que ele não seja feito aqui no Brasil (e há grandes chances para isso ocorrer), o fato de vir da Argentina facilitaria o processo de importação a custos reduzidos.
Além dele, UOL Carros aposta na criação de uma derivação naturalmente aspirada a partir do mesmo bloco, este com certeza fabricado nacionalmente, que equiparia os veículos já citados e também as versões de topo dos sucessores de Onix e Prisma atuais.
Um terceiro motor em desenvolvimento seria (finalmente) um 1.0 3-cilindros para as configurações mais básicas dos carros menores. A nova plataforma, denominada GEM, é desenvolvida em parceria com a chinesa SAIC e deve estrear entre 2019 e 2020.
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