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"Golzão" ou "mini-Golf"? Veja, afinal, qual é a do novo Volkswagen Polo

Leonardo Felix

Do UOL, em Berlim (Alemanha)

19/06/2017 04h00

UOL Carros conheceu a sexta geração e diz o que achou do hatch; leia e comente

A sexta geração do Volkswagen Polo, apresentada globamente na semana passada em Berlim (Alemanha), e com previsão para chegar ao Brasil no último trimestre de 2017, surpreende mais por dentro do que por fora.

Pior: para o mercado brasileiro, que viu parte deste visual ser aplicado a Gol, Voyage e Saveiro antes, fica parecendo que o novo Polo tem cara antiquada.

É que suas principais alterações de estilo são consequência mais do ganho de porte -- mais largo e maior que o Polo 5-- do que de uma revolução de design. A Volkswagen apenas alinhou o Polo ao estilo "Tornado", como fez como Passat e Tiguan. Acontece que esta escola de design fica melhor em carros grandes (e mais caros), deixando os modelos pequenos com cara de que pouca coisa foi feita.

Diversos leitores de UOL Carros afirmaram ao comentar as primeiras imagens do Polo, nas reportagens ou no Instagram, que se tratava de um "Golzão". Executivos da marca preferem tratá-lo como um "mini-Golf", pois argumentam que ele está mais esportivo, requintado e tecnológico.

Ambos têm razão dentro de seus argumentos.

Sobra tecnologia

Após ter tido contato direto com o Polo 6 europeu na avant première de Berlim (Alemanha), nossa reportagem chegou à conclusão que seu maior problema é não ser muito fotogênico. Pessoalmente, sua natureza "parruda" desfaz a relação direta com o Gol, especialmente em relação à traseira. LEDs deixam a lanterna muito mais resolvida e classuda do que no primo menor.

Seu porte largo impõe bastante respeito e faz o Polo deixar de ser um hatch comum. O habitáculo, por sua vez, está mais próximo ao do Golf em qualidade.

Painel utiliza ótima faixas suaves ao toque e também material metalizado ornando com a pintura da carroceria -- solução que você já conhece do up!, mas que aqui aparece de maneira mais elegante. Plástico duro fica reservado às guarnições das portas e tampa do porta-luvas, mas ele tem textura agradável.

Todos os elementos do painel, incluindo a faixa central, estão voltados ao motorista, o que contribui muito para boa visibilidade dos comandos, ergonomia e segurança. Quadro de instrumentos 100% digital é o maior destaques, junto ao sistema de entretenimento capaz de projetar celulares. Ambos funcionam de forma integrada, graças ao uso de cabos de fibra óptica.

Volante é o mesmo do Golf (assim como Fox, Gol, up!...), mas posição de dirigir parece excelente. Bancos são muito confortáveis e possuem abas laterais que "abraçam" bem os ocupantes. Porta-malas de 351 litros já nasce como referência em termos de volume para o segmento.

Quase anda sozinho, na Europa

Alie a tudo isso os itens de segurança e condução semi-autônoma avançados (que infelizmente deve ficar longe do Brasil), mais motorização turbo (que deve vir nas configurações de topo), e pronto: temos muito, mas muito mais de "mini-Golf" que de Gol. Felizmente.

Mas se prepare, tal proximidade vai se refletir nos preços: as etiquetas não começarão abaixo de R$ 50 mil, e devem romper R$ 90 mil no topo.

Confira as principais novidades do Polo europeu e quais delas devem ser incorporadas (ou não) às configurações brasileiras.

* Viagem a convite da Volkswagen.