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Visitantes de museu detonam Lamborghini Gallardo para criar "obra de arte"

Lamborghini Gallardo ficou praticamente inteiro riscado no museu ARoS Aarhus Kunstmuseum, na Dinamarca - Reprodução
Lamborghini Gallardo ficou praticamente inteiro riscado no museu ARoS Aarhus Kunstmuseum, na Dinamarca Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/04/2017 08h00

Público se animou com possibilidade de depredar superesportivo

No mundo das artes, literalmente tudo é permitido, embora algumas intervenções anunciadas como "artísticas" sejam por vezes difíceis de explicar, digamos... para o público leigo. O museu ARoS Aarhus Kunstmuseum (assim mesmo, bem difícil de ler), localizado na cidade de Aarhus, na Dinamarca, promoveu uma dessas obras polêmicas ao colocar um Lamborghini Gallardo para, literalmente, ser vandalizado pelos visitantes.

A iniciativa teve início em setembro do ano passado e fez parte de uma exposição chamada "No Man Is An Island - The Satanic Verses" (Nenhum Homem é uma Ilha -- Os Versos Satânicos), inspirada no polêmico e homônimo livro do indiano Salmam Rushdie.

Erlend G. Høyersten, diretor do museu e curador da mostra, explica no site oficial que o evento no qual o Lamborghini é uma das obras tem como objetivo expor que "nós não temos de ter medo de demonstrar nossos pontos de vista e precisamos manter a coragem de sermos diferentes. E de nunca apenas aceitar as coisas passivamente, mas assumir um papel ativo".

Ao que parece, foi justamente o que os visitantes fizeram com o pobre esportivo.

Ideia do autor era liberar "manifestações artísticas, expor que nós não temos de ter medo de demonstrar nossos pontos de vista e precisamos manter a coragem de sermos diferentes, nunca aceitar as coisas passivamente e assumir um papel ativo" - Reprodução - Reprodução
Ideia do autor era liberar "manifestações artísticas, expor que não temos de ter medo de demonstrar nossos pontos de vista e precisamos manter a coragem de sermos diferentes, nunca aceitar as coisas passivamente e assumir um papel ativo"
Imagem: Reprodução

A carroceria ficou com quase toda a superfície riscada, incluindo emblema, rodas e faróis, com dizeres e desenhos aleatórios. A ideia inicial era liberar as "manifestações artísticas" durante três semanas, mas o ímpeto dos visitantes em "deixar sua marca" foi maior que o esperado, com tentativas, inclusive, de quebrar as janelas do cupê. O prazo foi antecipado e o carro continua até hoje em exibição, agora com um segurança a postos para evitar novos arranhões.

Agora que obra está "completa", permanecerá em exibição até setembro. Depois, será entregue a um artista plástico norueguês chamado Dolk, conhecido por seus grafites de rua e apontado como a verdadeira identidade do misterioso "Bansky", autor de diversas intervenções urbanas espalhadas pela Europa.

Não há planos de restaurar o Gallardo, que provavelmente passou a valer mais como obra de arte do que quando era apenas mais um carro da... Lamborghini.

Esportivo antes do início da arte: pintura brilhando e exposição em palanque - Reprodução - Reprodução
Esportivo antes do início da arte com pintura brilhando; modelo ficará exposto em destaque até setembro
Imagem: Reprodução