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"Picape esportiva", F-150 Raptor é atração da Ford no Salão de SP

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/10/2016 19h57

A Ford definiu qual será seu showcar no Salão do Automóvel de São Paulo, que acontece entre os dias 10 e 20 de novembro, com cobertura total de UOL Carros. Se o carro a ser visto em 2014 foi o novo Mustang, nunca vendido oficialmente no Brasil, a bola da vez é a F-150 Raptor, "monstro" de 456 cavalos e 70,5 kgfm.

É uma escolha curiosa, mas válida para a empresa. Com quase 6,20 m de comprimento, 1,95 m de altura, 3,68 m de altura, a Raptor tem 1,67 m só de caçamba, mas ainda assim pode carregar outros dois rótulos: carro-chefe em termos de tecnologia para a marca e de picape com pegada esportiva mais capaz do mundo.

Seu motor é o V6 Ecoboost, biturbo de 3,5 litros, de segunda geração. Não reconheceu? É "apenas" o mesmo propulsor do superesportivo Ford GT, mas calibrado para entre potência menor (456 cv, ante cerca de 600 cv no esportivo), com torque mais aprimorado.

"A Raptor foi projetada para ser uma máquina de desempenho off-road sem concessões, por isso trocamos o bloco V8 de ferro fundido pelo V6 GTDI EcoBoost de alumínio de alta potência, desenvolvido para oferecer cerca de 40 cv de potência e 10,5 kgfm de torque a mais que a Raptor anterior", afirmou Matt Tranter, supervisor de engenharia da Ford Performance.

Apenas para seus olhos

Como no restante da linha F-150, modelo mais vendido pela indústria automotiva nos EUA, a Raptor 2017 tem carroceria toda fabricada de alumínio de nível militar, montada sobre chassi de aço de alta resistência, o que permite economizar 220 kg para o modelo anterior (2014). Seu câmbio é o mais avançado da Ford no momento: automático de 10 marchas, com sistema de tração 4x4 exclusivo. 

Com caixa de transferência e bloqueio mecânico de diferencial para uso no fora de estrada severo, a Raptor é o único modelo da Ford com gerenciamento eletrônico dos modos de tração para seis diferentes usos: normal, esporte, tempo (para direção sob chuva), lama/areia, rocha e Baja (baseado na competição off-road, com bloqueio mecânico da tração, acelerador otimizado e maior capacidade de resposta do câmbio e da turbina).

Há ainda o impacto visual, sempre necessário para grandes atrações de salão: conjunto óptico dominado por LEDs, padrão de cores chamativas, grade colmeia com o o emblema do oval azul substituído pelo letreiro "Ford" em letras garrafais e rodas pretas de 17 polegadas com pneus todo-terreno. No interior, painel de instrumentos com tela digital configurável, comandos do tipo "aviação" também configuráveis (para funções extras a serem adaptadas pelo condutor).    

Uma pena que o destino da Raptor no Brasil deva ser o mesmo do Mustang (até o momento): será um modelo de exibição, não para venda no país. Nos EUA, a Raptor começa a ser vendida agora, como modelo 2017. No Brasil, onde nenhuma informação diferente foi passada pela fabricante, servirá apenas para agradar aos olhos dos visitantes da exposição.