Lifan espera "esse tal impeachment" se resolver para trazer três novos SUVs

Limitadas pelas cotas do Inovar-Auto, vulneráveis à oscilação cambial e totalmente dependentes de produtos com preços agressivos para encarar a concorrência, as marcas chinesas -- JAC e Chery -- sucumbiram à crise e ocupam fatias inexpressivas de um mercado em retração.

Exceção é a Lifan, que caiu no gosto do brasileiro, tem o carro sino-produzido mais vendido no país e prepara nova leva de modelos. Mas com calma.

A fabricante do X60 -- que será renovado e trará câmbio CVT no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro -- vai apostar ainda mais no segmento de SUV/Crossovers com outros três modelos do tipo ao Brasil. Mas só quando a turbulência econômica e política for superada.

"Temos que esperar pelo menos o desenrolar desse tal impeachment", disse o presidente global do grupo, Mu Gang, em menção ao processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff, aprovado no Congresso e que agora tramita no Senado.

Segundo o executivo, a ação é misto de prudência e ousadia em doses corretas. Com atenções voltadas ao momento político, o chefão da Lifan sabe que não haverá espaço para crescimento, pelo menos por enquanto.

Tudo pronto... ou quase

Quando o cenário for favorável, o primeiro modelo a dar as caras será o crossover X50, espécie de rival para Volkswagen CrossFox e Renault Sandero Stepway e outros aventureiros.

Trunfo da Lifan, o X50 deverá rivalizar com o conterrâneo JAC T3.

Apresentado como protótipo no Salão de São Paulo 2014, o modelo da Lifan já está homologado para rodar com motor 1.5 de 103 cv e câmbio manual de cinco marchas, e pronto para lançamento.

E há o X7, utilitário para até sete passageiros recém-apresentado aos chineses, e que traz itens de segurança como controle de estabilidade.

Todos aguardam melhora do cenário para serem confirmados, o que significa que não devem aportar antes de 2017.

Viagem a convite da Lifan Motors do Brasil