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Tesla Model S esportivo vence Boeing 737 em arrancada; assista

Tesla Model 3 - Reprodução - Reprodução
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Imagem: Reprodução

Do UOl, em São Paulo (SP)

05/04/2016 19h11

Tudo bem: de cara você pode dizer que avião voa e carro não, encerrando qualquer discussão. Mas vamos manter o bom humor e observar este desafio curioso proposto pela americana Tesla e pela australiana Qantas: um Boeing contra um sedã elétrico. Quem vence na arrancada?

Segundo as empresas, deu o sedã Model S, que competiu com sua variante de performance, a P90D, contra o 737-800, avião para 168 passageiros e dois pilotos.

De fato, porém, não é um teste dos mais adequados. Usando os três quilômetros da área de decolagem de uma pista do aeroporto de Avalon, em Melbourne (Austrália), os dois veículos saíram da imobilidade e aceleraram ao máximo.

Para o avião, isso significa chegar aos 140 nós (quase 260 km/h) necessários para decolar. Para o carro, esbarrar na limitação eletrônica dos 250 km/h. Diferença pequena, mas que daria ao avião a maior velocidade em solo.

De toda forma, a variante o Model S P90D foi apontado como vencedor do desafio em solo, se mantendo à frente desde a imobilidade até o ponto em que o avião está pronto para decolagem.

Dois motores

Acontece que para o Model S P90D, a saída é mais fácil por conta da entrega quase instantânea de torque, característica típica de qualquer carro elétrico.

Só que os números são absurdos: com dois motores elétricos (um para cada eixo), são 95 kgfm despejadas sobre as quatro rodas (numa espécie de tração integral), aliados ao equivalente a 691 cavalos de potência.

Com isso, o 0-100 km/h dura 3,2 segundos (como esportivos de Ferrari e Lamborghini), reduzido para 3 segundos com o modo Ludicrous (absurdo, na tradução direta). O quarto de milha (cerca de 400 m) pode ser percorrido em menos de 11 segundos.

Para o piloto do carro, basta administrar a direção até a chegada aos 250 km/h e manter o ritmo após isso. 

No solo, o Boeing 737-800 tem um tempo maior -- em relação ao carro -- até suas duas turbinas da CFM International gerarem empuxo necessário para a decolagem. A partir daí, porém, o avião dá um salto e chega a ficar bem à frente do carro.

De fato, só há uma "vitória" do Tesla por conta da movimentação típica do jato, que precisa mudar as relações de resistência para sair do solo. Com isso, o carro acaba passando o avião, novamente, no visual. Quando chega aos 140 nós, o avião já começa sua subida, encerrando "legalmente" o teste.

Segundo as empresas, o empuxo total do Boeing chega a 50 mil libras máximas, permitindo velocidade de cruzeiro de 850 km/h durante o voo. 

Na prática, o desafio serve para Tesla e Qantas anunciarem parceria entre as duas companhias na Austrália, com vantagens para donos do carro na compra de passagens e postos de recarga rápida para o Model S nos terminais operados pela empresa área.

Plano ambicioso

A Tesla tem plano de chegar à marca de 500 mil unidades de carros elétricos vendidas até 2020. O Model S é seu principal produto atualmente, mas a conta também vai incluir o SUV Model X (que começou a ser entregue no final de 2015, mas em ritmo lento) e o recém-apresentado Model 3.

Com preço estimado em US$ 35 mil (cerca de R$ 125 mil limpos), o Modelo 3 é o carro mais acessível da marca e foi projetado para atender "às massas". Só que não está pronto. Produção e vendas começam apenas em 2017 e dependem do fluxo da fábrica gigante de baterias, que a marca está abrindo em Nevada (EUA).