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Pilotar dragster é como levar um soco mortal no peito... E gostar

André Deliberato

Do UOL, em Las Vegas (EUA)

12/02/2016 19h09

UOL Carros não pilotou um daqueles dragsters usados por pilotos profissionais. Eles podem chegar aos 10 mil cavalos, fazendo o 0-100 em menos de 1 segundo, com máxima de 530 km/h. É quase um avião e poucos têm condições de segurar um desses no braço. 

Bastou um modelo menos brutal, de 500 cv e pouco mais de 600 kg, para ficar com medo, principalmente na primeira vez em que levamos o "soco no estômago". As arrancadas que você confere no vídeo aconteceram em novembro de 2015, em um dia de testes no Las Vegas Motor Speedway, nos EUA.

Dragster testado por UOL Carros em Las Vegas tinha 500 cv e pouco mais de 600 kg - André Deliberato/UOL - André Deliberato/UOL
Dragster testado por UOL Carros em Las Vegas tinha 500 cv e pouco mais de 600 kg
Imagem: André Deliberato/UOL

Ou seria murro no peito?

Existem modelos bem mais potentes, até mesmo de produção, mas a relação peso/potência do Dragster é de apenas 1,2 kg/cv. As rodas e pneus gigantes traseiros, que precisam ser esquentados com um "burnout" antes de serem levados ao limite na pista, estão lá para (também) passar estabilidade ao piloto. Só que existe a sensação inexplicável, e constante, de que o carro vai sair do controle e se chocar contra o muro a qualquer momento.

Especialmente porque as rodinhas da frente, parecidas com a de bicicletas, passam a ideia de que não vão suportar tamanha força e velocidade. É medo de que a sensação de "murro no peito" que se tem a cada acelerada se transforme em golpe mortal -- a última coisa que você vai sentir. Mas aceleramos ainda assim. 

Passado o susto, UOL Carros atingiu a máxima de 129 mph (milhas por hora), cerca de 207 km/h... Que foram alcançados em meros 10,297 segundos e apenas 400 metros (uma pista com o comprimento de 4,5 campos de futebol). O 0-100 acontece em menos de 3 segundos, mais rápido que um Lamborghini Aventador ou Nissan GT-R, os dois carros mais rápidos que podem ser comprados no Brasil.