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Chevrolet Bolt é elétrico que pode ser dividido entre vários motoristas

Do UOL, em São Paulo (SP), com vídeo-reportagem do Auto+

07/01/2016 20h32

Ele tem a mesma proposta do Volt, mas promete andar mais sem poluir e ainda custar menos. O monovolume elétrico Chevrolet Bolt foi finalmente apresentado em sua forma real na CES 2016, feira de tecnologia sediada em Las Vegas (EUA). O modelo começa a ser fabricado na unidade da General Motors em Orion, próximo a Detroit, no final do ano, chegando às lojas americanas em 2017.

Como tem concepção global, também é possível que o Bolt circule e até seja fabricado em outros mercados, além do americano. Quando o conceito foi apresentado pela presidente global da GM, Mary Barra, no Salão de Detroit de 2015, até o Brasil foi cogitado. Não houve, porém, qualquer confirmação na apresentação do modelo real, embora haja tempo de sobra para definições até o início das vendas.

Também não há valores definidos para os EUA, mas a proposta é custar bem menos de US$ 30 mil (R$ 120 mil em conversão direta). Além disso, a GM promete lançar um programa de compartilhamento do carro, pelo qual o motorista paga apenas pelas horas de uso, apanhando e devolvendo o modelo em pontos específicos.

Bolt ou Volt?

Totalmente elétrico, o Bolt promete autonomia de até 320 quilômetros (200 milhas) com uma única carga. A principal diferença para o Volt está no modo de tração: o Bolt tem apenas baterias, gerador e motor elétricos, enquanto o Volt usa também um motor a gasolina como extensor de autonomia (gera energia que recarrega as baterias, ainda que um residual também movimente as rodas).

Na comparação, a geração atual do Volt custa US$ 31 mil iniciais (cerca de R$ 125 mil) e pode alcançar até 60 quilômetros no modo elétrico, chegando a 600 quilômetros de autonomia com uso do motor a gasolina extensor. O novo Volt, que já pode ser reservado pelo site da Chevrolet americana, custa iniciais US$ 34 mil (R$ 138 mil), tem mais espaço interno e tecnologia para conforto e segurança ampliados, além de rodar até 85 km no modo elétrico ou 672 km no modo combinado.

Apesar de otimistas, os números do Bolt não são revolucionários: o elétrico Nissan Leaf custa US$ 29 mil (R$ 117 mil), com alcance médio de 160 km. A nova configuração do carro, apresentada no Salão de Tóquio e que também está na CES 2016, promete percorrer mais de 300 km com uma única carga. 

Uso simplificado

Por chegar ao mercado depois de modelos já bons de loja nos Estados Unidos, como o híbrido Toyota Prius (que também tem versões plug-ins) e o próprio Leaf, a aposta da Chevrolet com o Bolt é facilitar ao máximo a experiência do motorista. Com isso, a marca espera atrair mais compradores, sobretudo entre jovens.

Para isso, o Bolt terá conexão inteligente com smartphones: a conexão sem fio será feita de modo automático, mesmo que o condutor ainda não esteja no carro. Com isso, é possível que o carro encontre o motorista e até ache uma vaga por conta (sempre nas versões mais completas do carro), algo útil para a função de uso compartilhado, quando carros autônomos forem permitidos no trânsito: você poderá alugar o carro para ir do shopping-center para casa, ser encontrado pelo Bolt na porta do estacionamento e, apos descarregar as compras em casa, pedir para o carro voltar sozinho ao ponto de origem. 

Além disso, funções mais simples também podem ser utilizadas via Bluetooth: dados de autonomia e direção poderão ser vistos na tela do telefone a qualquer momento, permitindo um maior controle de distâncias percorridas, carga disponível e tempo necessário para recarregar a bateria.

Também será possível usar o carro como um modem sobre rodas, já que o Bolt virá equipado tanto com o sistema multimídia MyLink (a interface será uma tela de 10 polegadas com formato de tablet), quanto com a versão mais atual do sistema de auxílio ao motorista/concierge OnStar, que usa comunicação 4G. Embora não seja permitido no Brasil, o OnStar americano permite que o motorista contrate também planos mensais próprios da empresa e distribua a internet do chip do carro para dispositivos (celulares, tabletes, computadores) que estejam na cabine.