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Peugeot 2008 quer decolar: assista e veja pontos fortes e fracos

Eugênio Augusto Brito<br>André Deliberato

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/07/2015 15h10

Durante o lançamento do Peugeot 2008, realizado em abril, UOL Carros apontou que o SUV é o mais acertado ao volante dentre todos os modelos lançados este ano. Também dissemos que a marca francesa havia perdido o tempo ideal para lançá-lo (os rivais chegaram antes) e que seria interessante que o modelo tivesse mais opções de câmbio, de preferência um automático de cinco ou seis marchas.  

Aquelas foram impressões rápidas, feitas durante um evento com dezenas de convidados e tempo reduzido de contato com o carro. Agora, é a vez de novo contato com o 2008 (na versão intermediária Griffe 1.6 flex aspirado, com câmbio manual) por uma semana e no ambiente típico para um utilitário esportivo compacto: a cidade. Houve também tempo hábil para a recepção do público e primeiras reações do mercado.

Aposta forte da Peugeot, junto com o hatch 208 e com os futuros 308 reestilizado e 308 francês, o 2008 ainda está "se aquecendo" comercialmente: em pouco mais de dois meses cheios de vendas (parte de abril, maio e junho), emplacou um total de 1.661 unidades segundo a Fenabrave (entidade que reúne os lojistas do país). Há duas leituras: perto de SUVs consolidados e de novos concorrentes, é muito pouco -- Ford EcoSport (desde janeiro) e Honda HR-V (desde abril) entregam mais de 17 mil carros. Renault Duster, 16.772. O Jeep Renegade, que também começou a sem emplacado no final de abril, soma mais de 6.200 unidades.

Por outro lado, a Peugeot afirmou que esperava entregar apenas 1.000 unidades ao mês, patamar que pode ser atendido em breve.

De toda forma, há um indicativo de que a marca esperava por mais: já existe oferta de unidades para venda direta por até R$ 53 mil, bem abaixo dos preços originais.

Desde o lançamento, o 2008 tem três configurações: uma de R$ 67.190 (Allure, 1.6 flex com câmbio manual de cinco marchas), outra de R$ 71.290 (Griffe, com mesmo trem-de-força e mais equipamentos de conforto e segurança ), além da topo de R$ 79.590 (Griffe THP, com motor turboflex e caixa manual de seis velocidades). Câmbio automático de quatro marchas custa R$ 3.700 extras para as duas primeiras versões. Detalhes podem ser vistos no texto original.

Agora há também opção para vendas diretas, a 2008 Bussiness: com motor 1.6 flex aspirado, pacote básico e câmbio automático de quatro marchas por R$ 53.405 (com isenções para portadores de deficiência) ou R$ 68.390 para frotistas.

Ao volante

Em movimento, na cidade, o 2008 nos pareceu ágil, prático em manobras e fácil de ser estacionado. É espaçoso e bastante arejado, algo importante para quem convive com trânsito cada vez mais opressor. Mas ainda fica a certeza de que o câmbio poderia ter câmbio melhor -- o manual de cinco marchas testado desta vez nos pareceu impreciso demais.

O bom nível de equipamentos, a manutenção de preços (a Peugeot afirma que é a opção mais em conta para quem procura câmbio automático) e os novos valores para compras especiais nos parecem argumentos que podem ajudar a alavancar vendas. Você acha que o 2008 pode vender mais? Opine nos comentários.