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Audi aplica o máximo de tecnologia no A4, carro que perdeu o sentido

Audi A4 - Divulgação - Divulgação
Por conta do perfil de comprador mais conservador, é "estranho" ver um A4 nessa cor
Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/07/2015 19h29Atualizada em 10/09/2015 20h43

O A4 é um carro médio que fez muito sucesso durante os anos 1990 e 2000, inclusive no Brasil. Com o passar dos anos e o surgimento de novos sedãs -- dentro e fora de casa -- o modelo perdeu espaço e, claro, viu suas vendas caírem. Entre osa rivais, houve o avanço de BMW Série 3 e Mercedes-Benz Classe C, cada vez mais avançados e bonitos. Na linha da Audi, o médio-compacto A3 Sedan ganha cada vez mais espaço, enquanto o instigante A5 Sportback faz sucesso entre executivos. 

Ciente disso, a Audi revelou as primeiras imagens da nova geração do carro, que receberá o máximo de tecnologia que um modelo da marca alemã pode ter. Meio sem sentido investir e rechear um modelo que poderia caminhar para seu final com tudo de mais moderno que a empresa possui, não? Para a Audi, não.

Sedã e perua serão apresentados no Salão de Frankfurt, em setembro, chegando às lojas da Europa no fim do ano. No Brasil, importação só em meados de 2016.

Andando só

A fabricante afirma que o modelo se trata de um "best-seller" e que, mais uma vez, "deverá se tornar referência no segmento". Entre os recursos tecnológicos estão a última atualização do controle de cruzeiro adaptativo, que permite ao carro andar sozinho em situações de comboio: em estradas e até mesmo em congestionamentos, o sistema (dois radares frontais e uma câmera) faz leitura das faixas de rolamento, faixas laterais, placas e até de semáforos em velocidades que vão de zero a 250 km/h (em carros com transmissões automatizadas ou automáticas; no manual, funciona a partir de 30 km/h).

Com os dados, o A4 pode se manter em movimento (acelerando, freando e até mantendo a trajetória em curvas leves) a velocidades de até 65 km/h sem interferência do motorista. Há ainda freios automáticos que evitam colisões a velocidades de até 45 km/h (ou reduzem o impacto a até 85 km/h) e sensores que detectam a presença de pedestres próximos à pista.

O que muda?

Visualmente, o carro mantém a elegância de um sedã médio da Audi, com design sóbrio e ligeiramente esportivo (não tanto quanto os do A3 Sedan e do A5 Sportback), mas segue com traços simples para um carro do seu segmento. Isso não é um "problema" devido ao seu tipo de público comprador (normalmente, clientes mais velhos e conservadores).

O sedã cresceu em comprimento (em 2,5 cm, para 4,73 metros), largura (mais 1,6 cm, para 1,84 m) e também em entre-eixos (1,2 cm, para 2,82 m). O peso também caiu em até 120 kg, dependendo da versão.

Por dentro, as linhas discretas do desenho externo se repetem, com um design sóbrio no painel, que simula saídas de ar em toda a seção diante do passageiro. Uma das maiores novidades está no quadro de instrumentos, o mesmo "Virtual Cockpit" oferecido no TT e no Q7, que conta com uma tela colorida digital de 12,3 polegadas configurável.

Por baixo

Falando em motorização, tanto o sedã como a perua A4 2016 poderão ser equipados com o motor 1.4 turbo TFSI, de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, ou 2.0 turbo de 190 cv e 32,6 kgfm ou 252 cv e 37,7 kgfm, ambos a gasolina. Para o mercado europeu, onde é permitido o uso de propulsores turbodiesel em veículos de passeio, há ainda as configurações 2.0 de com 150 cv e 32,6 kgfm ou 190 cv e 40,8 kgfm e um 3.0 de 218 cv e 40,8 kgfm ou 272 cv e 61,2 kgfm.

Além do câmbio manual de seis marchas, a família A4 2016 pode ser equipada com o excelente S-Tronic de sete marchas e dupla embreagem, com exceção da configuração a diesel mais potente, de 272 cv, que recebe um automático de oito marchas. Com isso, o câmbio CVT Multitronic utilizado pela atual geração sai de linha. A tração é dianteira ou integral Quattro (opcional).