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Fiat já faz picape em Goiana (PE); preço está certo, falta o nome

Segundo fontes ligadas à Fiat, picape FCC4 de rua vai conservar o design futurista - Murilo Góes/UOL - Murilo Góes/UOL
Versão de produção da picape chegará ao mercado brasileiro no começo de 2016
Imagem: Murilo Góes/UOL

André Deliberato

Do UOL, em São Paulo (SP)

02/07/2015 15h05

A tão comentada picape média da Fiat, que tem sido apresentada ao público pelo conceito FCC4, mostrado no Salão de São Paulo de 2014 e no de Buenos Aires em junho, já começou a ser fabricada na fábrica da Jeep em Goiana (PE), onde também é feito o Renegade, seu "primo" de plataforma. Dez unidades são feitas por dia -- nenhuma serve para o consumidor, porém, todas são usadas nos testes de validação e homologação.

Conforme antecipado por UOL Carros, suas vendas começam apenas em 2016 por conta de atrasos na linha de montagem e pelo ânimo do mercado. Os motores serão os mesmos do Renegade e os preços devem partir de R$ 65 mil, possivelmente acima dos valores da Renault Oroch.

Fontes ligadas à empresa italiana afirmam que a diferença de preço se justifica pelo porte: a futura picape da Fiat seria maior que a Oroch.

O que há num nome

Segundo recentes informações veiculadas na mídia especializada, seu nome deverá ser Toro ("touro", em espanhol), mas o batismo ainda não é certo. Outros nove nomes estão sendo cogitados pelos corredores de Goiana: até Stradale está sendo cogitado -- o nome usado pela Ferrari em versões de seus esportivos faria uma espécie de ponte com a picape compacta Strada.

Há ainda informações sobre o mecanismo diferente para a abertura da tampa do porta-malas, que será dividida em duas partes com deslocamento lateral (como as portas de um armário), não no padrão convencional de picapes (abertura para baixo, basculante). Os detalhes foram desvendados pelo jornalista especializado Marlos Ney Vidal, editor do Autos Segredos.

Anda como carro

Além dos motores do Renegade, as caixas de câmbio seguem soluções semelhantes. As versões com motor bicombustível serão equipadas com automático de seis marchas; as configurações turbodiesel, com a caixa de nove marchas da empresa alemã ZF ou com opção manual, de seis.

Haverá sistema de tração integral nas versões de topo, mas nas de entrada ela será dianteira (normalmente, em picapes médias e grandes, a tração é traseira). Isso se deve ao fato de a picape ter estrutura monobloco e não ter sua carroceria montada sobre um chassi. Ou seja, a pegada ao volante será mais parecida com a de um carro de passeio do que de picapes como S10 e Ranger, por exemplo.

Por dentro

Assim como ocorre com o Renegade, é esperado que o painel tenha a estrutura -- e siga o padrão visual -- dos carros da Jeep, com nível de acabamento equivalente ao de um sedã. O espaço interno promete ser bom para cinco adultos.

Além do Renegade e da picape, a fábrica de Goiana também deve produzir em 2016 um outro modelo da Jeep, um crossover de sete lugares com uso mais familiar, que será posicionado entre o Renegade e o Cherokee. A base será a mesma da dupla.