Atrasado, Honda CR-V 4WD 2015 chega do México por R$ 134.900
Anunciada durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro último, a linha 2015 do crossover Honda CR-V só agora chega ao mercado brasileiro, ainda importada do México. Reestilizado e com novos equipamentos, o modelo médio vem em configuração única, que acaba complementando a oferta do compacto HR-V e do sedã Civic, modelos que dominaram a atenção da Honda no primeiro semestre.
Ao preço de R$ 134.900, o novo CR-V está equipado com motor i-VTEC FlexOne de 2 litros (155 cv a 6.300 rpm e torque de 19,5 kgfm a 4.800 rpm, com etanol no tanque; 150 cv a 6.300 rpm e 19,3 kgfm a 4.700 rpm usando gasolina), câmbio automático de cinco marchas e tração 4x4 integral -- o HR-V tem apenas versões 4x2 e com câmbio manual ou CVT.
Cores metálicas e perolizadas acrescentam R$ 1.200 à fatura. Os tons disponíveis são Modern Steel Metallic (cinza metálico) e Red Copper Pearl (vermelho perolizado), além do Taffeta Whitte (branco sólido), Alabaster Silver Metallic (prata metálico) e Crystal Black Pearl (preto perolizado).
Entre os novos equipamentos, destaque para o sistema de chave inteligente para destravamento do carro e partida por botão no painel, além do teto solar, ambos inexistentes no HR-V e Civic. Há ainda sistema multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque e basculante e novos faróis com LED.
Um degrau acima do HR-V
Com a reestilização, o CR-V se alinha ao atual estilo da Honda e fica visualmente mais robusto com a grade frontal sólida, para-choques remodelados, conjunto óptico com lentes alongadas e detalhes cromados ao longo da carroceria. As rodas de 17 polegadas também foram alteradas e calçam pneus 225/65.
No interior, há a aplicação de plásticos suaves ao toque, detalhes cromados e novo console central. A nova central multimídia tem GPS integrado (há a promessa de atualização de informações de trânsito por rádio para cidades como São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte, inicialmente), cãmera de ré, conexão Bluetooth para chamadas e streaming de música, além de conexão à internet por Wi-Fi (sem fio), quando o CR-V estiver parado. Além das entradas USB e auxiliar, há ainda a HDMI para a reprodução de áudio, vídeo e imagens em alta definição.
Volante multifuncional, piloto automático, revestimento de couro e material sintético e ar-condicionado é digital e tem duas zonas de resfriamento completam a lista de equipamentos de conforto.
Na segurança, controles de tração e estabilidade, direção com assistência elétrica adaptativa, hill start assist (assistente de partida em rampa), airbags frontais, laterais e de cortina para motorista e passageiro da frente. O freio de estacionamento volta a ser acionado em pedal posicionado à esquerda dos pedais convencionais de freio e acelerador -- não houve opção pelo sistema eletro-eletrônico do HR-V.
A marca ainda oferece garantia sem limite de quilometragem por três anos.
México ou Brasil?
Embora a comparação direta não seja totalmente correta, por diferença de custos de produção, impostos e mercados, é possível apontar que o CR-V mais completo, na configuração 4WD, custa 419.900 pesos no México. O valor equivale a pouco mais de R$ 83 mil. Por lá, há apenas a opção com o novo motor Earth Dreams de 2,4 litros, injeção direta de combustível, 187 cv e 25 kgfm de torque.
Com a abertura da nova fábrica da Honda em Itirapina (SP), que será especializada em modelos compactos, espera-se que a produção do HR-V seja toda centralizada, desafogando a unidade de Sumaré. Atualmente, a marca sacrifica a produção de Fit, City e até do sedã Civic, além de trazer unidades da Argentina, para reforçar a entrega do SUV compacto, que tem tido excelente aceitação do público.
Como "efeito colateral" da abertura da nova fábrica, Sumaré poderá se dedicar à produção de modelos médios, possibilitando a produção não apenas a fabricação ampliada do Civic, mas também a entrega local do CR-V.
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