Mudar o carro nem sempre ajuda; veja quem melhorou e quem piorou
Antes de mudar de geração, que normalmente acontece entre seis e oito anos (embora atualmente isso aconteça cada vez mais cedo), um automóvel costuma passar por reestilizações de meia vida, que podem ser leves e ligeiras ou mais profundas para alterar sua personalidade.
Só que nem toda mudança é bem-vinda: há casos em que o novo visual pode acabar com a personalidade do modelo e até mesmo interferir no interesse do público sobre ele. Conheça cinco exemplos de carros que melhoraram após o "tapa" no desenho e outros cinco que perderam a graça.
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Melhorou
O Mitsubishi Outlander 2016 é o maior exemplo de que a imagem é fator determinante. A atual de geração chegou em setembro de 2013, mas já mudou: a linha 2016 foi apresentada este mês com facelift do visual frontal, que durou menos de dois anos. Curiosamente, o Outlander anterior, de 2007 (inspirado no Lancer), era mais bonito que os mais recentes.
O Focus foi o último modelo da linha global da Ford a se adequar ao padrão de design chamado de Kinetic 2.0. Mais esportivo e invocado, o médio estreou a atual geração no Brasil em 2013. Nada feio, mas ultrapassado: o Focus 3 já era oferecido em outros países desde 2011 e mudou pouco depois de estrear por aqui. Agora, o modelo local (feito na Argentina) vai mudar outra vez, no próximo mês, menos de dois anos após ter estreado.
O Prisma evoluiu bastante em 2013 após deixar de lado a plataforma do Celta e adotar a base do Onix. Além da necessária revolução no desenho, o carro ganhou status, ficou mais recheado e subiu de categoria -- antes um subcompacto rústico, passou a disputar espaço com sedãs compactos ligeiramente maiores, como Volkswagen Voyage, Renault Logan e Fiat Siena.
O Renault Logan sempre foi um modelo espaçoso, prático, econômico e confiável. O que faltava era beleza. Uma sutil mudança em 2010 alterou levemente seu desenho, deixando-o ligeiramente mais agradável. Mas só ficou realmente interessante em 2013, com a chegada da segunda geração. O "irmão" Sandero, hatch, seguiu a mesma linha.
O Toyota Corolla nunca foi feio, mas por conta de sua proposta e principalmente por causa do público alvo (masculino, mais de 45 anos) sempre precisou ser conservador. Em 2014, porém, a nova geração, baseada no carro europeu, foi apresentada para mudar esse conceito, sobretudo no desenho exterior; por dentro, o estilo contido e até desatualizado, lembrando carros dos anos 1990, permaneceu. As vendas (ele emplaca o dobro do Civic) mostram que a mudança foi acertada.
Piorou
A picape Chevrolet Montana fez sucesso no Brasil: pioneira no uso do suporte para o pé na lateral da carroceria, marcou os anos 2000 por conta do visual com frente de Corsa e traseira própria. Em 2010 a picape ganhou alma de Agile... e perdeu a identidade e a elegância. Ganhou até apelido jocoso nas ruas -- "Monstrana" -- e sempre ficou atrás de Strada e Saveiro em vendas.
Quando chegou ao Brasil em 2009, o Volkswagen CC, que antes chamava-se Passat CC, mostrou que a marca podia ter sucesso entre modelos premium. O "cupê executivo" era arrojado, invocado e exclusivo. A graça acabou na segunda geração do modelo, em 2012, que adotou o padrão visual retilíneo da marca. Não ficou feio, mas comum: lembra o Passat, que se parece com o Jetta, que se assemelha ao Voyage...
O New Civic (oitava geração) chegou no final da década de 2000 ao Brasil e, assim como o HR-V nos dias de hoje, causou furor -- chamava a atenção pelo estilo futurista e pela ousadia do desenho. Tudo precisa mudar: em 2011, após muita expectativa, a nona geração chegou, mas não vingou. No Brasil, até vendeu bem por um tempo, mas já passou por duas mexidas e está assim; nos EUA, a Honda até cogitou adiantar a décima geração, que foi desenvolvida localmente.
Como fazer um carro que quebrou paradigmas evoluir? O Range Rover Evoque, que estourou mundialmente em vendas por conta do desenho futurista, preferiu adotar linhas mais brutas e traços mais agressivos em seu primeiro facelift -- que não é feio, vale dizer, mas tirou um pouco da sua personalidade. Revelada no Salão de Genebra, a repaginação estreia nos próximos meses na Europa e deve chegar ao Brasil ainda em 2015.
Até mesmo o Chevrolet Camaro de quinta geração, famoso por aparecer no filme "Transformers" e inspirar música sertaneja saiu perdendo na reestilização. A frente mudou pouco, mas a traseira tentou se inspirar nas linhas do Corvette C7 sem sucesso. Com o aumento do IPI para produtos importados com motores acima de 2.0 e a alta do dólar dos últimos anos, o carro deixou de vender como antes. A nova geração, apresentada nas últimas semanas, nasceu para retomar o sucesso, não só no Brasil, mas em todo o mundo.
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