Carros de família: minivan e perua ainda são boas opções aos SUVs
Que as peruas e minivans, principalmente as primeiras, perdem cada vez mais espaço no Brasil para SUVs, não há dúvidas. Dez anos atrás, por exemplo, a variedade de stations no mercado era muito maior que a de hoje (para citar exemplos, vale lembrar de modelos como Renault Mégane GT, Peugeot 206 SW, Toyota Fielder e Volkswagen Parati). Hoje em dia, com exceção de veículos do segmento premium, sobraram apenas a Fiat Weekend (que perdeu o nome "Palio") e as Volkswagen SpaceFox e Golf Variant (que chega em breve).
Mas há pessoas e famílias que não gostam de SUVs. Para estas, as opções são escassas, mas ainda existem. Entre minivans/monovolumes e stations wagons restantes no mercado, UOL Carros mostra um pouco da Chevrolet Spin e Volkswagen SpaceFox, que acabam de mudar para a linha 2016.
Confira o que há de melhor e o ponto fraco de cada uma delas.
Spin
Recém-chegada à linha 2016, a partir de R$ 57.790, a minivan Spin é líder absoluta de seu segmento, segundo dados da Fenebrave. O rótulo foi conquistado ao longo dos últimos anos pelo fato de o modelo ser, ao mesmo tempo, o substituto das finadas Meriva e Zafira e por não haver muitas outras opções na categoria (atualmente, apenas Nissan Livina e JAC J6 concorrem diretamente com o carro da GM se os quesitos comparativos forem preço e tamanho).
A Spin 2016 traz novidades em relação à 2015: opção de revestimento interno na cor preta em todas as versões; acionamento dos vidros elétricos pela chave e uma recalibração mecânica na transmissão automática que, segundo a marca, garante trocas de marchas até 50% mais rápidas. A versão avaliada por UOL Carros, LTZ A/T com sete lugares, custa R$ 72.690.
Seu grande trunfo é o espaço interno, principalmente para pessoas mais altas, e a conectividade do sistema multimídia MyLink, que traz tela de sete polegadas tátil com conexão Bluetooth -- que permite importar para o HD do carro músicas, fotos, vídeos e até mesmo acessar aplicativos por meio do smartphone -- e entrada USB.
Apesar disso, o motor 1.8 da Spin (108 cv e 17,1 kgfm de torque com etanol) é uma adaptação do 1.4 EconoFlex utilizado, por exemplo, pela Montana -- e não o 1.8 Ecotec 6 da família Cruze, que poderia trazer à minivan melhores números de consumo e emissões. Isso é praticamente um sacrifício da excelente transmissão GF6, automática de seis marchas (esta sim vinda do Cruze), que luta para se entrosar com o motorista, mas falha devido ao comportamento pacato do motor. Na prática, rodar com a Spin sozinho ou com apenas uma pessoa a bordo é apenas razoável, sendo que com cinco ou mais ocupantes a tarefa se torna chata.
O porta-malas com os sete bancos levantados suporta até 162 litros se medido até o canto superior do encosto do banco ou 199 l considerando o espaço até o teto; 553 litros e 864 l, respectivamente, com a terceira fileira de bancos rebatida; e 952 litros e 1.608 l com todos os bancos traseiros para baixo. São números melhores que os da SpaceFox que podem até ser comparados ao de SUVs.
SpaceCross
Lançada no mercado brasileiro no início de abril, a linha 2016 das peruas Volkswagen SpeceFox e SpaceCross (versão aventureira) parte de R$ 58.590 e replica a frente do novo Fox/CrossFox (este, por sua vez, tem traços inspirados no Golf). Trata-se de um visual invocado, que caiu bem para a configuração wagon, embora maculado pelo excesso de apliques na versão "fora-de-estrada" -- há muito plástico embutido nos para-choques, caixas de rodas e laterais.
A versão testada por UOL Carros é a Cross manual (R$ 69.690), equipada com o bom motor 1.6 flex de última geração (110/120 cv de potência; 15,8/16,8 kgfm de torque, respectivamente com gasolina/etanol). O pacote de opcionais -- pintura em vermelho Wine (R$ 1.163); sistema de som com navegação GPS e teto solar (R$ 5.078); kit com controle de estabilidade, assistente de partida em rampas e conjunto óptico com faróis neblina, milha e assistente automático de iluminação em curvas (R$ 1.209) -- deixa o valor total em salgados R$ 77.140.
O preço acaba sendo o grande calcanhar-de-Aquiles da família SpaceFox/SpaceCross: mesmo com um projeto mais antigo e defasado, a líder do segmento, Fiat Weekend, vendeu 3.824 unidades nos quatro primeiros meses de 2015, contra 2.589 da concorrente. Muito disso se deve ao fato de que a Weekend parte de R$ 49.150, uma diferença de mais de R$ 17 mil.
Como geralmente acontece com modelos da Volks, o ponto forte da SpaceCross está no trem-de-força, especialmente na muito bem ajustada transmissão manual de seis marchas. Mesmo carregando cinco pessoas e razoável volume de bagagem no porta-malas, o consumo na estrada raramente ficou abaixo de 14 km/l. A SpaceCross carrega ainda outra marca registrada da marca alemã: suspensões mais rígidas do que a média, proporcionando mais conforto em uma rodovia bem pavimentada... mas dor de cabeça caso o percurso seja em uma rua esburacada.
O espaço interno é bom, mas um veículo como esse jamais conseguirá oferecer a mesma altura (nem para a cabeça, nem em relação ao solo) que um SUV. Já o porta-malas ganha destaque positivo mais pela profundidade (algo típico de peruas) do que pela altura. Segundo a Volkswagen, são 440 litros na posição VDA (até o tampão). Na avaliação de UOL Carros, o compartimento leva cinco malas (duas grandes, duas médias e uma pequena). Que quiser levar mais uma precisa retirar o tampão, fato que irá atrapalhar a visão do motorista pelo retrovisor.
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