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Carro elétrico ensina a dirigir sem desperdiçar energia; assista

Leonardo Felix

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

27/04/2015 08h00

Conforme UOL Carros já antecipou ao testar o Renault Zoe, em São Paulo, dirigir um carro 100%¨elétrico demanda repensar os hábitos no trânsito. Agora, ao passar um dia com o Nissan Leaf no Rio de Janeiro temos certeza: todos os sistemas do carro, desde o modo de condução "Eco" até os insistentes avisos de consumo e recuperação de energia no painel, ajudam a mudar a mentalidade do motorista, que fica estimulado a dirigir da forma mais econômica possível.

Não que não dê vontade de pisar fundo e sentir todo o desempenho de... 107 cv de potência -- ainda que o excelente torque de 28,5 kgfm seja entregue de forma quase imediata -- do motor de 80 kW. Porém, se o condutor não policiar seu modo de condução o tempo todo, a autonomia não chegará nem à metade dos 160 quilômetros indicados pela fabricante.

Em um primeiro percurso, de cerca de 10 quilômetros, andamos do Aterro do Flamengo até a Barra da Tijuca como se ele fosse um veículo movido a combustão, sem preocupação com o consumo. Depois, fizemos o trajeto de volta, em distância similar, tentando economizar ao máximo. A diferença no resultado final é considerável. assista.

Para aumentar a eficiência, passam a ser procedimento padrão usar o acelerador só na dose necessária e aproveitar ao máximo a ação dos freios regenerativos, especialmente nas descidas e paradas em sinais vermelhos. Ligar o ar-condicionado, por sua vez, só vale quando o calor está realmente intenso.

Vale a pena: completar um percurso sabendo que não se gastou mais do que o necessário nos faz ver o quanto vivemos o tempo inteiro em uma cultura de desperdício e nem nos damos conta.

Lembrando que o Leaf roda no Brasil apenas através de um programa de táxis elétricos, com 15 unidades no Rio e outras 10 em São Paulo. A Nissan afirma que ainda não tem previsão para oferecer o hatch no mercado, por causa da falta de incentivos governamentais. Se esse carro fosse vendido hoje, custaria perto de R$ 200 mil.