Mais AMG que Mercedes, C 63 de 510 cv vem por mais de R$ 800 mil
A Mercedes-Benz vai "partir para a ignorância" com a gama do sedã Classe C. A partir de julho, a marca começa a importar a versão mais furiosa da nova geração do sedã, preparada pela divisão de desempenho AMG e renomeada para Mercedes-AMG C 63 S: chega aos 510 cavalos, mas dificilmente custará menos de US$ 250 mil por aqui.
Será forte, mas acessível a poucos: a grife AMG é sempre negociada em dólar no Brasil, o que faz o preço disparar. Com base na atual cotação da moeda americana, sairia por algo como R$ 825 mil. O C 63 anterior, de 467 cv, era vendido a US$ 190 mil (no momento em que isso não correspondia a R$ 627 mil).
Quem tiver cacife para bancar o valor terá em mãos um modelo quase todo voltado às pistas. UOL Carros testou o esportivo por estradas do sul de Portugal e também no autódromo do Algarve, e sentiu isso na pele.
Vai melhor na pista
No circuito fechado, tudo aproxima o C 63 S de um carro de competição: o motor V8 biturbo de 4 litros que, além dos 510 cv (entre 5.500 e 6.250 rpm), rende absurdos 71,4 kgfm de torque (de 1.750 a 4.500 giros); a transmissão Speeddhift MCT, de sete marchas, que substitui o conversor de torque por um moderno sistema de embreagens controladas eletronicamente; o modo de pilotagem "Race", os freios de carbono-cerâmica e a tração traseira.
Já quando colocado em situação de uso comum, motorista e passageiros sofrem com a rigidez da suspensão, o perfil muito baixo dos pneus, montados sobre rodões de liga leve de 19 polegadas, e a baixa altura em relação ao solo. Nada que faça lembrar o conforto do Classe C "civil".
Entradas de ar mais agressivas e apliques em fibra de carbono no para-choque dianteiro, spoiler traseiro (também em carbono) e difusor com dois escapamentos de saída dupla dão ao C 63 S um visual à altura de sua proposta.
Em algum momento, dentro da cabine, enfim cai a ficha de que estamos... num Classe C. Óbvio que a decoração puxa para a temática esportiva -- os bancos tipo concha, as faixas centrais dos assentos em couro microperfuradas, o plástico emulando fibra de carbono no console central e os vários elementos em vermelho evidenciam isso --, mas todos os traços de painel, volante, quadro de instrumentos e até tela do sistema multimídia (que mais parece um tablet acoplado ao carro) seguem o que já existe nas demais versões.
Não precisaria ser diferente, já que a atual geração da família possui interior muito bem resolvido, exceto talvez pelo excesso de botões, presentes ainda em maior número no C 63 S. Com preço só acessível a milionários, a Mercedes não espera vender mais do que algumas centenas de unidades no Brasil.
Em setembro, chega ao país o C 63, versão um pouco menos potente, de 476 cv, e que deve ser posicionado na faixa de US$ 200 mil. Até o fim do ano, a linha será completada pelo C 450 AMG, que recebe apenas retoques mecânicos, aerodinâmicos e estéticos da divisão de desempenho. Inédito no Brasil, o C 450 tem tração integral e é movido por um V6 biturbo de 3 litros e 367 cv. Para este último, sequer há preço estimado.
Viagem a convite da Mercedes-Benz do Brasil.
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